Open Banking, Open Innovation e Open Data. Não é de hoje que o universo Open vem causando grandes transformações e impactando setores importantes da sociedade. Agora, chegou a vez do Open Insurance, que promete trazer novos desafios para o mercado de seguradoras.
O sistema começou a ser implementado ainda em 2021, e já abre caminho para diversas mudanças no setor de previdência e seguradoras dos mais diversos tipos.
Mas o que significa Open Insurance, na prática? É isso que vamos ver no post de hoje. Se você quer saber mais sobre o tema e as inovações que ele irá trazer para o mercado de seguros, continue a leitura até o final!
Sem tempo para ouvir? Dê um play no áudio abaixo.
O Open Insurance faz parte de uma agenda de inovação do Banco Central, que começou com o lançamento do Pix, no final de 2020.
Depois do Pix, foi a vez do Open Banking abrir as portas para a revolução do sistema financeiro, com a promessa de mais agilidade e transparência nos processos.
Já em dezembro de 2021, o Open Insurance entrou em cena para transformar o setor de seguros. Seguindo na mesma linha dos outros sistemas Open, ele permite o compartilhamento de dados e informações de seguradoras e previdências.
Dessa forma, a oferta de serviços e novas funcionalidades ficam acessíveis a outras empresas ou parceiros credenciados pelo Susep (Superintendência de Seguros Privados), o que possibilita uma maior inovação em diferentes tipos de aplicações.
Para ter uma ideia completa, confira quais são os três pilares do Open Insurance:
Agora que você já sabe o que é Open Insurance, é hora de entender o seu funcionamento.
De forma resumida, o Open Insurance funciona a partir das APIs (Application Programming Interfaces), onde as empresas participantes podem disponibilizar dados e produtos de forma padronizada e integrada.
As APIs são um conjunto de protocolos e definições utilizados para criar e integrar softwares de aplicações.
E é essa a tecnologia que proporciona a integração entre diferentes sistemas, e possibilita o funcionamento do Open Insurance.
Logo, podemos afirmar que o acesso às APIs abertas garante o compartilhamento de dados entre diferentes seguradoras, Insurtechs, bancos e outras organizações.
O objetivo? Tornar as ofertas de seguros mais competitivas e incentivar a inovação nas seguradoras a partir da incorporação de novas tecnologias. Assim, facilitando a vida dos usuários e garantindo mais agilidade, transparência e segurança.
Além disso, o Open Insurance será interoperável com o Open Banking, e fará parte de um ecossistema mais amplo, denominado como Open Finance.
No entanto, é importante lembrar que o compartilhamento de dados só será feito com a autorização e consentimento dos consumidores. Os clientes também poderão escolher com quais entidades desejam compartilhar as informações, assim como podem interromper o compartilhamento a qualquer momento.
Como vimos até aqui, o Open Insurance representa um verdadeiro salto quando falamos sobre transformação digital no setor de seguradoras.
Mas quais são as vantagens do Open Insurance para os consumidores? Confira a seguir.
A interoperabilidade entre Open Banking e Open Insurance garantirá muito mais agilidade, tanto para cumprir as determinações dos órgãos reguladores, quanto para oferecer melhores serviços.
Com o sistema de dados abertos, os consumidores terão muito mais liberdade para fazer suas escolhas na hora de contratar seguradoras, e poderão contar com diversas opções para cada necessidade.
O compartilhamento de dados e informações de clientes permitirá uma maior personalização na oferta de serviços e produtos. Assim, os consumidores terão mais opções e mais garantias de ter suas necessidades atendidas.
Assim como ocorreu no Open Banking, o Open Insurance seguirá um calendário de implementação, que foi dividido em três partes.
A primeira fase aconteceu em dezembro de 2021 e, segundo o Susep, o calendário irá continuar ao longo de 2022. Veja só.
De forma geral, o Open Insurance no Brasil tem como objetivo promover uma maior democratização do acesso a produtos de seguros e previdência.
Sem dúvidas, ele terá um grande impacto no sistema financeiro, já que promoverá a transformação de um setor tão tradicional como o de seguros.
No entanto, a implementação do Open Insurance também apresenta diversos desafios a serem enfrentados. Saiba quais são.
Ambiente seguro: um dos grandes desafios do Open Insurance é a criação de um ambiente seguro onde os usuários possam compartilhar e expor dados privados e públicos. Dessa forma, é importante que todos os participantes estejam em conformidade com as obrigações legais;
Validação da identidade: Para garantir a segurança dos usuários, será necessário utilizar certificados digitais e outras tecnologias que garantam a veracidade dos dados, como a autenticação por biometria.
Como vimos até aqui, o Open Insurance representa uma grande mudança no setor financeiro. Logo, as seguradoras dispostas a adotar novas soluções ganharão mais vantagens no mercado, contando com mais oportunidades de negócios.
Assim, é possível concluir que para se destacar em um ambiente em constante transformação e concorrências acirradas, contar com parcerias estratégicas e tecnologias inovadoras faz toda a diferença, não é mesmo?
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