O que é Open finance, como esse modelo funciona e quais são as vantagens
Escrito em 10 de Outubro de 2022 por Lidiane Oliveira
Atualizado em 19 de Setembro de 2024
Open Finance é a abertura de sistemas financeiros tradicionalmente fechados, permitindo o acesso e compartilhamento de dados entre diferentes instituições financeiras de forma segura. Isso promove inovação, concorrência e oferece aos usuários maior controle sobre suas informações e serviços financeiros.
Em fevereiro de 2021, o Open Banking começou a ser implementado no Brasil. De lá para cá, as mudanças implementadas deram início a um escopo maior de serviços, denominado Open Finance. Com a promessa de maior democratização, esse sistema vai ao encontro das demandas por maior inovação e controle de dados por parte dos usuários.
Após mais de um ano de implementação, as mudanças, antes sutis, agora tendem a se aprofundar, abrindo o caminho para maior competitividade, personalização e criação de novos produtos. Diante das profundas transformações, empresas de diferentes segmentos e portes precisam estar preparadas.
Afinal, novas oportunidades de negócio despontam no horizonte de empresas que entraram no ecossistema de participantes do Open Finance. Quer entender mais sobre o Open Finance e os impactos nos negócios? Continue a leitura!
O que é o Open Finance?
Considerada uma das mais recentes inovações do Banco Central, o Open Finance, ou sistema financeiro aberto, em português, é uma evolução do Open Banking.
Dessa forma, ele tem como objetivo ampliar os tipos de dados que podem ser compartilhados entre instituições financeiras, assim como padronizá-los por meio de APIs (Application Programming Interface).
Como o próprio nome sugere, ele engloba uma maior variedade de produtos e serviços em seu escopo, como, por exemplo:
- Investimentos;
- Previdências;
- Seguros;
- Operações de câmbio.
Assim como ocorre no Open Banking, o compartilhamento de dados entre usuários e instituições é feito de forma voluntária, e pode ser interrompido a qualquer momento pelos consumidores.
Como o Open Finance funciona?
Como o Open Finance refere-se a uma abordagem de dados e serviços de maneira mais acessível e interoperável, podemos pensar como isso é feito na prática.
Um exemplo seria uma pessoa utilizando um aplicativo de gestão financeira que consolida informações de várias contas bancárias e investimentos de diferentes instituições, oferecendo uma visão abrangente de suas finanças.
Nesse cenário, o Open Finance facilita a transferência de dados entre instituições, permitindo que o usuário tenha um panorama unificado de seus ativos e transações financeiras, promovendo a transparência e a conveniência.
Qual a diferença entre Open Banking e Open Finance?
Após entender um pouco mais sobre o sistema financeiro aberto, é possível que você esteja se perguntando qual é a diferença entre Open Banking e Open Finance.
Como vimos anteriormente, ambos promovem o compartilhamento de dados entre usuários e instituições financeiras.
Entretanto, o Open Banking refere-se apenas ao sistema bancário aberto. O Open Finance, por outro lado, é uma evolução do projeto e promove o compartilhamento de dados do ecossistema financeiro como um todo.
Parte da agenda de inovação do BC, o objetivo do Open Finance é descentralizar o sistema financeiro, padronizar as informações, estimular a inovação, e facilitar o acesso a serviços financeiros.
Quais são as vantagens do Open Finance?
Não é novidade que os dados são os ativos mais valiosos do contexto digital. Com isso em vista, consumidores têm exigido mais transparência e controle em relação às próprias informações.
Com a chegada do Open Finance, os usuários podem ter um maior empoderamento, decidindo se, com quem e como desejam compartilhar os dados.
Ao optarem por fazer parte do sistema financeiro aberto, consumidores e empresas ganham vantagens, como:
- Crédito customizado: linhas de crédito customizadas, redução de custos e condições de pagamento mais favoráveis;
- Mais liberdade: com o Open Finance, os usuários têm mais acesso a opções e autonomia para escolher as opções mais vantajosas;
- Inovação: o aumento da competitividade no setor contribui para a criação de produtos e serviços mais inovadores e democráticos;
- Mais agilidade: com o compartilhamento de dados do Open Finance, os consumidores não precisam inserir informações manualmente ou enviar documentos;
- Diminuição de riscos: ao poder consultar o histórico financeiro do consumidor, as instituições podem tomar decisões mais assertivas quanto a empréstimos;
- Melhor gestão financeira: a integração de dados de diferentes contas bancárias e outros tipos de dados é facilitada. Assim, gestores poderão consolidar informações em um único lugar e ter, por exemplo, a contabilidade automatizada.
Quais são os desafios do Open Finance?
Os desafios do Open Finance estão nas preocupações relacionadas à segurança e privacidade dos dados, uma vez que o compartilhamento aberto de informações financeiras pode aumentar os riscos de cibersegurança e fraudes.
Além disso, há desafios regulatórios, pois a implementação efetiva do Open Finance requer a definição de padrões e diretrizes para garantir a integridade e a padronização das transações.
A resistência de algumas instituições financeiras em abrir seus dados também representa um obstáculo, assim como a necessidade de educar e conscientizar os usuários sobre os benefícios e riscos associados ao compartilhamento de informações.
Panorama do Open Finance: os impactos da inovação para as empresas
Neste artigo, entendemos como funciona o Open Finance, as suas vantagens e as expectativas para o mercado financeiro brasileiro.
Mas quais são os impactos dessas mudanças para as empresas? E quais são as oportunidades que podem surgir ao longo do caminho?
Entenda mais sobre essa dinâmica no nosso e-book panorama do open finance para empresas. Conheça os big numbers do projeto e descubra quais são as novas possibilidades de negócios que surgem com a regulamentação do sistema financeiro aberto.
Escrito em 10 de Outubro de 2022 por
Lidiane Oliveira
Gerente de Marketing de Conteúdo com ampla experiência em estratégia de materiais B2B. Atua no mercado de Fintechs há mais de 5 anos e é especialista em meios de pagamento.