Cloud Computing: o que é e como você pode usar na sua empresa!
Escrito em 21 de Maio de 2021 por Lidiane Oliveira
Atualizado em 06 de Junho de 2024
A Cloud Computing está presente na maioria das empresas que trabalham com softwares e TI. Ela é uma forma de realizar programação e usar recursos computacionais apenas com uma máquina com acesso à internet, sem nenhum armazenamento ou servidor locais.
Para que você possa compreender melhor esse conceito, é preciso voltar um pouquinho no tempo, para entendermos como e por que surgiu o conceito de Cloud (Nuvem).
No texto de hoje, vamos falar um pouco sobre as origens do cloud computing, o que é essa tecnologia e como ela se aplica, praticamente, na maioria das operações das empresas hoje em dia. Siga a leitura!
O que é Cloud Computing?
A definição de Cloud Computing - termo em inglês para “Computação em Nuvem” -, segundo uma das maiores provedoras deste serviço, a Amazon, é:
“A computação em nuvem é a entrega de recursos de TI sob demanda por meio da Internet, com definição de preço de pagamento conforme o uso. Em vez de comprar, ter e manter datacenters e servidores físicos, você pode acessar serviços de tecnologia, como capacidade computacional, armazenamento e bancos de dados, conforme a necessidade, usando um provedor de nuvem.”
A Nuvem é uma infraestrutura virtual completa que elimina a necessidade de empresas precisarem ter servidores próprios para armazenar recursos computacionais, como seu banco de dados e servidores.
Basicamente, ela é um ambiente virtual, com diferentes níveis de serviço, que permitem, entre outros recursos, backup praticamente ilimitado de informações e dados, desenvolvimento de softwares, área de trabalho virtuais e aplicações web.
Note que a Cloud é útil não só para Desenvolvedores. Qualquer usuário de um software online (SaaS) - como CRMs, e-mail, streaming -, é usuário de Cloud, pois esses programas e apps estão armazenados em uma nuvem.
A tecnologia em nuvem tornou o desenvolvimento de softwares e aplicativos muito mais acessível para empresas, devido ao seu menor custo de manutenção. Os antigos data centers e servidores físicos eram extremamente difíceis e caros de se manter.
Hoje, basta contratar um provedor de Cloud, como a Amazon e Microsoft (dentre outros), para ter acesso a um processamento, armazenamento e recursos completos para programar, testar e disponibilizar um software.
A contratação da Cloud tem diferentes módulos e níveis e, como trouxemos na definição, o custo dela é customizável de acordo com as necessidades de uso do contratante. Dessa forma, é bastante simples o processo de começar a programar na nuvem e, depois, expandir ou diminuir os serviços de acordo com as demandas.
Como surgiu a Cloud Computing?
A origem da cloud computing remete ao surgimento da internet, na década de 90. Desde a Guerra Fria, nos anos 1960, os Estados Unidos perceberam a necessidade de se criar uma forma de armazenar informações sigilosas de forma descentralizada, para evitar que ataques da superpotência russa às suas bases militares destruíssem esses arquivos.
Assim surgiu o conceito de rede, que se concretizou nas décadas seguintes, a partir da ARPANET, o primeiro projeto a implementar computadores em rede, com o chamado TCP/IP, que são protocolos de comunicação entre a rede. Dessa forma, as informações não estariam apenas em um único lugar.
Esse protocolo de interconectividade em uma rede foi progredindo nas décadas seguintes, e os centros nacionais de supercomputação começaram a ser financiados. No final da década de 80, criou-se os primeiros “sítios eletrônicos”, que são hoje algo como as páginas da internet.
Resumidamente, foi então a partir do surgimento da internet que a cloud computing se desenvolveu em meados dos anos 1990. Ela também se baseia no conceito de armazenamento descentralizado geograficamente. A partir da nuvem, todas as informações e estruturas podem ser acessadas de onde o usuário estiver, bastando a conexão com a rede.
Empresas como Amazon, Oracle, Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a operar uma grande construção dessa tecnologia.
Quais são as vantagens geradas pela cloud computing?
Os principais atrativos de usar a cloud para a computação são a agilidade que ela permite para o desenvolvimento de softwares, além da sua elasticidade, ou seja, da sua capacidade de ampliar ou reduzir a gama de recursos contratados. É uma redução de custos considerável em relação a ter um servidor próprio.
Mas, além dos benefícios intrínsecos à cloud computing, há também os desdobramentos dessa tecnologia, que trazem o verdadeiro impacto na forma como consumimos produtos digitais. Confira algumas dessas consequências:
Mais espaço para a inovação
A nuvem gera acesso a uma grande variedade de recursos de computação que permitem inovação em grande escala. As empresas e empreendedores ganham muito mais espaço para criar com agilidade e testar prontamente seus produtos digitais.
Isso está por trás da ampla oferta de softwares e aplicativos que temos hoje. Além disso, a tecnologia de Internet das Coisas (IoT) , machine learning, data lakes, análises de dados e muitas outras são alocadas em Nuvem.
Ou seja, ganha-se em processamento ultra rápido, armazenamento na casa dos terabytes, além de mais proteção e segurança de dados. A cloud computing também elimina boa parte dos processos de manutenção que eram feitos manualmente e gastavam tempo dos programadores. Agora, eles podem focar na inovação e deixar a manutenção com o provedor de cloud.
Alcance Global
Os provedores de nuvem possuem data centers em diversos países e regiões, gerando alcance global para o que for produzido com eles. Dessa forma, um software lançado no Japão, ou qualquer outro país, pode ser usado no Brasil e vice-versa.
Além de facilitar o acesso em qualquer lugar do globo para quem desenvolve essas aplicações, a cloud também aproxima os aplicativos dos usuários finais, reduz a latência e melhora a UX - experiência do usuário.
A velocidade de carregamento e a estabilidade, mesmo com um grande número de acessos simultâneos, têm suma importância para essa experiência, e o uso da nuvem permite uma melhor usabilidade nesse sentido para softwares, aplicativos e sites.
Everything as a service
Talvez esse seja o mais importante desdobramento da Cloud Computing. Vivemos, hoje, a era da Economia do Acesso, na qual não é mais preciso possuir algo, apenas ter acesso. Essa é a lógica por trás dos novos softwares em nuvem, que não são mais vendidos na forma de hardware para instalação, mas sim a partir de um login que permite acesso online.
Essa lógica gerou o chamado SaaS (Software as a Service), e democratizou a compra desses serviços que, hoje, tem um custo bem menor que antigamente. Além disso, o uso ficou muito mais simples, e tudo que é preciso para utilizá-lo é apenas um computador com acesso à internet.
Por isso, houve uma massificação do uso desse tipo de serviço. Além do SaaS, a nuvem também tem mais alguns tipos de módulos de serviço. Conheça os principais:
- IaaS (Infrastructure as a Service): módulo que abrange os componentes básicos de TI na nuvem. Consiste no acesso a recursos de rede, servidores, routers, racks, datacenters, processadores e espaço de armazenamento de dados;
- PaaS (Plataform as a Service): relacionada a infraestrutura subjacente, como hardware e sistemas operacionais. Faz pelo usuário o planejamento de capacidade, manutenção de software, correções e outros tipos de trabalhos genéricos repetitivos necessários para a execução de aplicativos.
- BaaS - Banking as a Service: tecnologia bancária vendida para empresas customizarem e disponibilizarem aos seus clientes na forma de serviços financeiros próprios. Os serviços do BaaS são vendidos na forma de poderosas APIs que são facilmente integráveis a sistemas corporativos.
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Conclusão
A cloud computing é uma grande aliada para a escalabilidade e eficiência operacional das empresas. Apesar de ser particularmente conhecida e usada em negócios na área de TI, ela tem aplicação em qualquer negócio.
O mundo está cada vez mais digital e é preciso aderir à transformação digital para vender mais e melhor. E isso tem tudo a ver com os serviços em nuvem.
Hoje, por exemplo, praticamente qualquer empresa lida com uma quantidade de dados considerável. Nesse sentido, é preciso contar com uma infraestrutura que permita o backup e processamento correto desses dados. E contratar um provedor de infraestrutura em nuvem pode ser vantajoso para obter alta capacidade de armazenamento a um bom custo-benefício, com segurança.
Ou ainda, se a empresa vende online, precisa hospedar seu site em algum servidor (IaaS) que suporte alta quantidade de acessos e permita uma boa experiência de navegabilidade ao usuário.
Além disso, toda empresa depende de determinados softwares para seus processos, principalmente aqueles ligados a vendas, backoffice, gestão de clientes, controle de estoque e logística, gestão financeira e outros.
Desenvolver essas soluções próprias demanda constante atualização e cumprimento das normas de cada setor.
O setor financeiro, por exemplo, é um dos mais regulados do mundo em questão de diretrizes e normas para desenvolvimento de aplicações que processam pagamentos.
Por isso, um provedor desse serviço deve estar em constante atualização e manutenção. A contratação de SaaS especializados é a melhor forma de ter esses serviços sem precisar desenvolvê-los com tecnologia própria.
A iugu é um SaaS financeiro que você pode usar de duas maneiras: através de um painel acessado online a partir de um login privado, ou a partir de uma integração via API com seu sistema de e-commerce ou vendas.
Estar antenado com todas essas tecnologias de cloud computing é fundamental para que a sua empresa cresça de forma sustentável e gradativa. E quando o assunto é modernização e automação do seu sistema financeiro, a gente pode te ajudar!
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Imagem capa: starline/freepik
Escrito em 21 de Maio de 2021 por
Lidiane Oliveira
Gerente de Marketing de Conteúdo com ampla experiência em estratégia de materiais B2B. Atua no mercado de Fintechs há mais de 5 anos e é especialista em meios de pagamento.