A promessa de uma internet mais livre, descentralizada e com maior controle dos usuários é encantadora, não é verdade? Embora a ideia pareça utópica, ela pode estar mais perto do que você imagina. A chamada Web 3.0, ou Web Semântica, é o novo capítulo da Internet.
Apesar de ter ganhado bastante popularidade, principalmente com a chegada das blockchains, criptomoedas e o polêmico metaverso, a Web 3.0 não é um conceito inteiramente novo: na verdade, ele é discutido desde 2006.
Mas, o que é Web 3.0? Quais são os principais desafios e impactos que ela irá trazer? É isso que vamos explicar hoje. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
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A Web 3.0 é, sem dúvidas, um assunto em alta, e que gera inúmeras especulações acerca do seu desenvolvimento.
Mas, como dissemos logo no início, a ideia de uma nova internet não é algo recente. O termo apareceu pela primeira vez em 2006, no artigo “Uma Web guiada pelo bom senso?”, publicada no jornal norte-americano The New York Times, pelo jornalista John Makoff.
No artigo, Makoff argumenta que o objetivo é adicionar uma camada de significado a Web existente, e que a Web 3.0 deveria ser um guia, e não um catálogo.
De lá para cá, muita coisa mudou, e os avanços da tecnologia ajudaram a desenhar o conceito da Web 3.0.
Hoje, ela pode ser compreendida como uma internet descentralizada, fora das mãos das Big Techs e com código aberto, devolvendo o controle aos usuários sobre os seus próprios dados e informações.
Para que isso aconteça, o usuário só precisa de uma carteira digital e se conectar a um Blockchain. Dessa forma, dados pessoais, dinheiro, certificados de propriedade e diversos outros ativos podem ser completamente geridos pelos próprios usuários.
Para entendermos as mudanças que a Web 3.0 promete trazer, precisamos, primeiro, olhar para o passado. Abaixo, elencamos as principais diferenças entre Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0.
Você se lembra de quando a Internet não passava de imagens estáticas, muito texto e poucos recursos gráficos? Essa fase é conhecida como Web 1.0.
Criada pelo físico e cientista da computação Tim Berners-Lee, ela se iniciou ainda em 1980. No entanto, boa parte dos sites e páginas eram de propriedade de empresas ou veículos jornalísticos, com um design baseado em tabelas, quadros e imagens em baixa resolução.
Nesse período, a informação era consumida de forma passiva. Logo, havia pouco espaço para a produção de conteúdo, já que as limitações tecnológicas da época não permitiam interações.
A segunda fase da internet, conhecida como Web 2.0, é onde estamos até hoje. O início se deu em meados dos anos 2000, quando a internet deixou de ser apenas uma ferramenta de consulta para se tornar um ambiente de interação social e construção de comunidades.
Aqui, começaram a surgir as primeiras redes sociais e as famosas salas de bate-papo, como o MSN. No Brasil, o Orkut foi um grande marco do período, com suas páginas, scraps e comunidades.
O Facebook, Twitter e Instagram também nasceram nessa época, e logo deram aos usuários a oportunidade de se tornarem produtores de conteúdo.
E foi assim que empresas como Apple, Amazon, Airbnb, Uber, Google e Meta (antigo Facebook) se tornaram algumas das maiores do mundo, alterando completamente a forma como consumimos conteúdo e inaugurando a era da economia de plataforma.
No entanto, a Web 2.0 também é conhecida pela sua face pouco amigável: a monopolização da tecnologia, em que diversos serviços e plataformas estão concentrados nas mãos das Big Techs, que capitalizam dados sem o consentimento dos usuários.
Já a Web 3.0 é caracterizada pela descentralização da internet. De forma resumida, a ideia é unir o que há nos melhores pontos das primeiras webs e devolver o controle dos dados aos usuários.
Esse novo capítulo da era digital ainda não é uma realidade, mas está sendo construído aos poucos com ajuda de tecnologias como a Blockchain e as criptomoedas que dispensam a validação de instituições tradicionais, como empresas e governos.
Além disso, os aplicativos da Web 3.0, também conhecido como dApps, são descentralizados, e construídos a partir da blockchain.
As criptomoedas, como BitCoin e Ethereum, possuem uma relação estreita com a Web 3.0. Isso porque a Blockchain – tecnologia que dá suporte às moedas digitais –, também está por trás do caráter descentralizador da nova internet.
A Blockchain funciona como um grande banco de dados interligados, onde os usuários podem registrar e visualizar diferentes informações, que ficam armazenadas de forma descentralizada.
Isso significa que os dados não ficam concentrados em um único banco, nem dependem da aprovação de uma instituição tradicional para serem incluídos.
E é por meio dela e de outras ferramentas que a Web 3.0 pretende descentralizar o tratamento de dados e a forma como manejamos as informações. As criptomoedas, por sua vez, serão utilizadas como moeda de troca para incentivar esse objetivo.
Como vimos até aqui, a Web 3.0 ainda está em um estágio embrionário, e há inúmeros desafios para que ela se torne uma realidade. Saiba quais são.
A principal característica da Web 3.0 é o seu funcionamento a partir da Blockchain, que é totalmente diferente do que experimentamos hoje.
Por esse motivo, a expectativa é que a aprendizagem desse novo sistema se dê de forma lenta, já que os usuários precisarão aprender o que são carteiras digitais, como funcionam as chaves públicas e privadas, e entender as melhores práticas de segurança cibernética dessa nova Web.
A falta de um design de simples utilização também figura como obstáculo para a entrada das pessoas na Web 3.0, já que dificulta a experiência do usuário no ambiente.
Com a estrutura descentralizada e o poder na mão dos usuários, a expectativa é que ciberataques, discurso de ódio e desinformação se tornem ainda mais difíceis de controlar por causa da falta de monitoramento.
Se você leu até o final, deve ter entendido que a Web 3.0 já está à porta, e que esse é o momento dos negócios se prepararem para as mudanças.
Isso porque as empresas que se empenharem na busca por inovação e tecnologia possuem muito mais chances de sair na frente e se tornarem referências dentro de um nicho que ainda está nascendo.
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