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Será que vale a pena ser PJ? Saiba tudo sobre o assunto!

Escrito em 11 de Junho de 2019 por Patrick Negri

Atualizado em 22 de Novembro de 2024

Será que vale a pena ser PJ? Considerando que o Brasil conta com quase 13 milhões de desempregados e que esse índice cresceu 120% nos últimos anos, essa pergunta é cabível, não? 

No entanto, não é para desanimar! Afinal, segundo a Serasa Experian, durante 2018, foram criadas 2,5 milhões de empresas no país, sendo mais de 80% MEIs. Porém, não é só devido à falta de emprego formal que esse numera é tão alto. Prestar serviços como pessoa jurídica tem se tornado uma prática comum porque conta com vantagens bem interessantes.

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Se você faz o tipo independente, gosta de ter controle sobre o próprio trabalho e de exercer sua atividade com flexibilidade, ser PJ pode ser um ótimo negócio. 

Enquadra-se no perfil, mas acredita que o processo é complicado e caro? Pois talvez tenha que rever seus conceitos, já que essa modalidade pode aumentar suas oportunidades de negócio. Duvida e ainda não sabe se vale a pena ser PJ? Então, leia o artigo e conheça as razões que poderão fazê-lo mudar de ideia!  

Vale a pena ser PJ: saiba como é a contratação 

Entre os que questionam se vale a pena ser PJ, uma dúvida recorrente é sobre o modo de contratação. Saber como ele funciona é mais simples do que imagina. Vamos lá!

O contrato por PJ (pessoa jurídica) dá ao trabalhador autônomo, com profissão regulamentada, certa liberdade para cuidar e organizar as próprias atividades de acordo com seu tempo disponível e expectativas financeiras.  

Por meio dele, você entenderá que não terá vínculo empregatício com a empresa, mas irá se adaptar às normas e horários para prestar o serviço. Para receber o pagamento, você, como PJ, pode e deve emitir Nota Fiscal com recolhimento dos impostos correspondentes.

Nesse tipo de contratação, as duas partes acabam sendo beneficiadas. A empresa minimiza os custos com encargos trabalhistas, enquanto o PJ conta com menos descontos em seu salário.

Esse modo de trabalho proporciona bastante flexibilidade para o empregado. No entanto, trata-se de um trabalho e, como tal, tem prazos de execução e de entrega como qualquer outro.  

Não ficou convencido se vale a pena ser PJ? Não tem problema! Basta continuar lendo. 

Como funciona a contratação PJ?

Se não há vínculo de emprego, também não há para a empresa uma série de obrigações trabalhistas, como: 

  • vale-transporte;
  • vale-refeição; 
  • 13º salário;
  • férias remuneradas;
  • aviso prévio;
  • FGTS;
  • licenças. 

O PJ pode até não contar com esses benefícios oferecidos pela empresa, mas tem a autonomia sobre o próprio passe. Embora arque com as despesas tributadas na nota fiscal (IRPF, COFINS, ISS, CSLL, PIS), o fato de não se exigir exclusividade pode superar a renda mensal de um salário. Bacana, não?

A prestação de serviços para um PJ costuma ter um prazo de validade e tudo depende do tipo e do tamanho do projeto. Alguns chegam a durar meses para serem concluídos, o que pode ser o caso de consultorias, desenvolvimento de softwares e produtos.

Ainda não sabe se vale a pena ser PJ? Então, não pare de ler!

Afinal, quais são as vantagens de ser PJ? 

É preciso desmistificar a visão distorcida sobre o trabalho de PJ. Afinal, há muita gente boa no mercado que perde a chance de atuar em sua área e de ser bem remunerada por desconhecer as vantagens de ser PJ. Quer saber quais são esses benefícios e descobrir se, afinal, vale a pena ser PJ? Então, confira a lista a seguir: 

1. Controle de recebimento dos serviços

Ao negociar a prestação de serviços, o PJ faz a proposta financeira e, depois do aceite, o próximo passo é determinar a data e a forma de pagamento. Com a emissão da nota fiscal, o departamento financeiro programa esses pontos de acordo com o vencimento.

2. Emissão de boletos bancários

Os boletos bancários são uma ótima alternativa para os PJ receberem pelos serviços prestados. Ao formalizar as atividades, o trabalhador autônomo com registro ganha ares de empreendedor e as condições oferecidas pelos bancos passam a ser bem melhores para a pessoa jurídica.

3. Facilidade para cobrança

Se você for um empregado CLT, dificilmente terá a chance de uma cobrança mais agressiva caso a empresa atrase o pagamento do salário. Isso porque a própria condição de funcionário torna a relação vulnerável e de complicado diálogo. 

No entanto, em se tratando de PJ cujo vínculo se estabelece por contrato, caso você encontre dificuldades para receber pelos serviços executados, poderá fazer uma cobrança formalizada sobre o título em aberto. Fique tranquilo, pois esse é seu direito e você não corre riscos de demissão e de não recebimento do acerto.

4. Profissionalização e formalização do negócio

Se você se formalizar como PJ, passará a ter um número CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica). Assim, poderá ser considerado como uma empresa, o que confere a você um ar profissional e institucionalizado. 

5. Possibilidade de ganhar outros clientes

Ser pessoa jurídica abre portas, pois muitas empresas só podem contratar serviços de profissionais que emitem nota fiscal para pagamento. É comum a contratação de serviços por indicação, e quanto mais profissional você for, mais chances de fechar negócios terá.

6. Redução nos custos da folha de pagamento

Ao contratar um PJ, os custos com um funcionário — que custa para a empresa o equivalente a três vezes o salário líquido — são minimizados pela desobrigação com os encargos da folha de pagamento.

7. Facilidade para organizar turnos de trabalho

Muitas empresas encontram obstáculos na hora de ajustar o horário de trabalho dos funcionários. Por diversos motivos, como estudo, família ou distância, há dificuldade em fazer com que o funcionário saia da rotina para cumprir uma jornada extra.

Com o PJ é diferente. Afinal, é de seu interesse se adaptar conforme as necessidades da empresa e do que foi acordado em contrato. 

8. Menos burocracia

Com a chegada do eSocial — centralização das informações trabalhistas — está cada vez mais difícil e burocrático admitir ou demitir funcionários com vínculo CLT. São muitas obrigações que as empresas têm preferido evitar. Por isso, optam por contratar uma mão de obra PJ.

9. Mais liberdade para a concessão de benefícios

A empresa fornece algum tipo de benefício ao PJ apenas se tiver o desejo de inserir os profissionais no mesmo ambiente que os funcionários da empresa. Essa é uma medida de integração, mas sem concessão obrigatória.

Se você tem um espírito empreendedor e quer abrir um novo negócio, não pode deixar de ler: “Quero criar uma plataforma de marketplace, como faço?”

Vale a pena ser PJ: cuidados para não ter problemas com a legislação

Contratar profissionais PJ é uma estratégia que deve estar embasada na Lei da Terceirização (Lei nº 13.429/2017), que salienta a não configuração do vínculo empregatício para profissionais PJ, mas garante que todos os procedimentos legais sejam cumpridos.

É fundamental que tanto a empresa quanto o profissional conheçam a fundo o que diz a lei para cumprir com todas as obrigações. Seguir o previsto na norma evita transtornos para ambas as partes, sendo o formato PJ mais simples e menos dispendioso.

Como viu no decorrer do artigo, ser PJ conta com vários benefícios. Afinal, apesar de não ter vínculo e direitos de um profissional CLT, você pode exercer sua função de forma autônoma, eficiente, ganhar bem e conquistar mais oportunidades de negócio. No entanto, saber se vale a pena ser PJ ou não é uma decisão muito pessoal, que depende do seu estilo, mindset e objetivo de vida. 

Gostou de conhecer as vantagens de ser PJ? O que achou dos argumentos? Caso tenha curtido, não deixe de compartilhar esse conteúdo. Afinal, seus amigos e conhecidos podem ter as mesmas dúvidas que você tinha! 

 

 

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