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Técnicas de caixa preta e branca para teste de software

Escrito em 28 de Julho de 2022 por Redação iugu

Atualizado em 24 de Agosto de 2023

Conforme relegamos à tecnologia mais funções e responsabilidades do cotidiano, garantir a qualidade, segurança e compliance da sua aplicação torna-se mais e mais essencial para ter um produto de sucesso.

Garantir a qualidade de um produto digital é um trabalho que, idealmente, deve começar na fase de concepção do próprio produto.

É muito importante considerar as formas como o software precisa cumprir suas funções para projetá-lo de maneira a assegurar sua funcionalidade.

Mas o trabalho de controle de qualidade em uma aplicação também é, em grande parte, baseado na testagem do software.

Os testes de software são cruciais para que a equipe de desenvolvimento tenha um diagnóstico da estabilidade, segurança e funcionalidade do produto.

Este trabalho de testagem é extenso e diverso, contando com muitas técnicas e metodologias diferentes.

Além da natureza dos testes, também variam as condições iniciais a partir das quais eles são testados.

Estas condições variam principalmente conforme a finalidade do teste e sua natureza.

Neste artigo falaremos um pouco mais sobre os testes de software do tipo caixa branca e caixa preta, explicaremos suas particularidades, diferenças e aplicações, e te instruiremos sobre a maneira como são organizados e conduzidos cada um destes tipos de teste.

Continue a leitura!

Testes de software

Se você tem dúvidas sobre o que é teste de software, saiba que o conceito não se refere a uma única prática, mas um conjunto de práticas que visam assegurar, dentre outras coisas, a qualidade, a segurança, a estabilidade e a usabilidade de uma aplicação de software.

Estas práticas podem variar de muitas formas em questão de estratégias, objetivos e metodologias.

Alguns testes buscam descobrir quão simples uma aplicação é para que um usuário a use; outros testes se preocupam com o quão vulnerável um sistema é a ataques e invasões; outros ainda verificam a capacidade de um sistema de aguentar uma alta demanda; etc.

Quanto à sua condução, os testes podem ser manuais ou automáticos.

Se será um ou o outro, também dependerá da finalidade do teste, bem como a natureza do testador. 

Testes de usabilidade, por exemplo, são sempre conduzidos de maneira manual, por usuários finais da aplicação.

Já os testes de penetração e estresse podem ser automatizados sem problemas ou perdas para a qualidade do desenvolvimento.

Confira a seguir alguns tipos de teste de software:

  • Testes de usabilidade;
  • Testes funcionais;
  • Testes de integração;
  • Testes de performance;
  • Testes de carga e estresse;
  • Testes de estabilidade;
  • Testes de regressão;
  • Testes de segurança.

Teste caixa branca (White box)

São considerados testes de caixa branca, ou white box, em inglês, aqueles em que a estrutura interna, código, design, intencionalidade e estratégias de desenvolvimento são conhecidas pelo testador e consideradas no ato do teste.

Normalmente mais relacionados à infraestrutura de software do que à usabilidade, estes procedimentos de testagem costumam ocorrer de maneira interna e recorrente, conduzidos pelos próprios desenvolvedores ou por uma equipe de testagem, ou QA.

Isso também significa que os testes de caixa branca acontecem com maior frequência do que os de caixa preta.

Especialmente em função do conhecimento prévio sobre a estrutura da aplicação e seu design, os testes de caixa branca podem inclusive ser automatizados para facilitar sua condução, poupar tempo e viabilizar repetições frequentes dos procedimentos de testagem.

O nome Caixa Branca vem em contraste com a ideia de “caixa preta”, algo misterioso ou desconhecido.

A caixa branca é transparente, conhecida e aberta a inspeções — um conceito que funciona melhor em contraste com o da Caixa Preta do que sozinho.

Os testes de caixa branca podem ter as mais diversas finalidades.

Praticamente todo tipo de teste de software pode (e será) reproduzido em condições de caixa branca.

Além de mais práticos de conduzir, eles são uma parte integrante e prevista de todo processo de desenvolvimento de produtos digitais.

Teste caixa preta (Black box)

Nos testes do tipo caixa preta, ou black box, em inglês, fatores como estrutura interna, código, design e estratégias de desenvolvimento são desconhecidos pelo testador.

Estes testes são conduzidos “às cegas”, e seu valor está justamente na oportunidade de observar como um usuário executa uma ação ou tarefa dentro da aplicação, ou com ela sem instruções, ou conhecimentos prévios.

Em um teste de penetração, por exemplo, a técnica de caixa preta permite observar as formas como operadores sem conhecimento da estrutura do produto podem utilizar seu código ou infraestrutura para encontrar vulnerabilidades ou outros exploits.

O nome caixa preta faz alusão a mistério, desconhecimento — que é justamente o caso deste tipo de teste, em que o produto e seu funcionamento são “misteriosos” ou desconhecidos pelo testador.

Os testes de software do tipo caixa preta podem ser utilizados para testes de usabilidade, segurança e penetração dentre outras coisas.

Para conduzi-los, é normalmente necessário compor uma equipe de testers, num processo manual de testagem do produto.

Alguns tipos de teste caixa preta, como testes de segurança e penetração, podem ser automatizados, mas estes costumam ser casos mais restritos e específicos em comparação com os testes do tipo caixa branca que, pela sua natureza, podem ser mais facilmente automatizados.

Por que testar seu software?

Testar seu software é mais que uma obrigação: é uma prática saudável que não só garante a qualidade do produto mas também influencia como o profissional trabalha.

Conduzir testes frequentes e cuidadosos permite ter um diagnóstico em tempo real da produtividade e qualidade do trabalho da equipe de desenvolvimento, além de agregar valor ao produto.

Ou seja: todo bom profissional de desenvolvimento deve não apenas testar seu software regularmente, mas buscar aprender e se aprimorar com os resultados destes testes.

Ao longo do tempo, o resultado é um produto bem polido e um fluxo de trabalho livre de fricções.

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