Stablecoins: o que são, como funcionam e quais os principais tipos?
Escrito em 26 de Setembro de 2022 por Lidiane Oliveira
Atualizado em 22 de Novembro de 2024
Bitcoin, Ethereum, Luna. Nos últimos anos, diferentes tipos de criptomoedas surgiram e ganharam popularidade entre os investidores. Mas, na mesma medida em que crescem, elas também enfrentam o desafio da alta volatilidade. Para contornar o problema, foram criadas as stablecoins.
Como o próprio nome sugere, esse tipo de moeda é estável, e sofre baixíssima volatilidade, o que significa mais segurança para os investidores.
Com a rápida popularidade das stablecoins, diversos países já consideram transformar suas moedas em ativos virtuais, como é o caso do Real Digital, no Brasil.
Mas o que é a stablecoin? Quais são as vantagens que ela oferece? E quais são os principais tipos?
Continue a leitura e saiba mais!
Dê um play no conteúdo!
O que são stablecoins?
Como mencionamos logo no início do texto, as stablecoins são moedas que possuem um caráter híbrido: nasceram do universo cripto, mas também têm ligação com as moedas fiduciárias, como o dólar e o euro.
Apesar de existirem apenas em uma blockchain, assim como outros tipos de criptomoedas, ela é mais estável na cotação do dólar, já que está atrelada às moedas tradicionais e às commodities, como o petróleo e o ouro.
Como exemplo, podemos citar a USD Coin, que fica sempre próxima de um dólar. Logo, 1 USDT vale sempre US$1,
Sendo assim, elas são consideradas uma porta de entrada para o mundo dos investimentos em cripto, e uma excelente opção para os investidores com perfil conservador, já que não possuem volatilidade e oscilação, mas mantêm a rastreabilidade e a transparência das criptomoedas.
Quais são as vantagens das stablecoins?
Para além da estabilidade e o apoio em ativos do mundo real, os benefícios das stablecoins incluem:
- Pagamentos digitais diversos (como cartões de débitos e prestadores de serviços);
- Pagamentos internacionais sem taxas abusivas;
- Podem ser atreladas a diferentes ativos;
- Assim como o Pix, as stablecoin podem ser enviadas 24h por dia, 7 dias por semana, e de qualquer lugar do mundo;
- Contam com segurança criptográfica, transparência e rastreabilidade.
Quais são os tipos de stablecoins?
Agora que você já sabe o que são stablecoins e as vantagens que ela oferece, é hora de conhecer os 4 principais tipos. Veja só.
1.Lastreadas em moedas fiduciárias
São as stablecoins mais conhecidas e lastreadas em moeda fiduciária na proporção 1 por 1. Isso significa que, para cada stablecoin gerada, a empresa emissora coloca uma quantidade equivalente em dólar, euro ou real na conta de uma instituição de confiança.
2.Lastreadas em criptomoedas
Diferente da versão lastreada em ativos do mundo real, essa versão é lastreada em ativos digitais, como outras criptomoedas descentralizadas, como o Ether (ETH).
3.Lastreadas em commodities
Esse tipo de stablecoin é lastreada às commodities, como ouro, imóveis, obras de arte, petróleo ou outros metais preciosos, e valem o equivalente ao que representam.
4.Stablecoins algorítmicas
Considerada uma “estranha no ninho”, esse tipo de stablecoin não é atrelada a nenhum ativo real ou digital. Em vez disso, a estabilidade é atingida devido a algoritmos e smart contracts.
Criptomoedas e stablecoins: qual é a relação?
O bitcoin e outras criptomoedas surgiram com a premissa de serem utilizadas como um dinheiro digital.
Entretanto, a alta volatilidade do mercado cripto tem dificultado a sua utilização e afastado os investidores mais conservadores.
Por isso, cada vez mais, esses ativos digitais têm sido utilizados como investimento do que como dinheiro.
As stablecoins, por outro lado, possuem uma conexão com o mundo real, já que são lastreadas às moedas tradicionais e a outros commodities.
Assim, o propósito das stablecoins é ser o melhor dos dois mundos: uma alternativa frente à alta volatilidade dos preços da cripto, ao mesmo tempo em que tenta manter características como o fluxo livre de capital e a resistência à censura.
As stablecoins e o futuro do dinheiro
Não dá para falar sobre stablecoins sem mencionar os impactos desses ativos no futuro do dinheiro.
E esse futuro, aliás, já começa a dar as caras.
Com a popularização das stablecoins, diversos governos ao redor do mundo criaram as suas CBDCs, sigla para "Central Bank Digital Currencies, ou, em portuguès, Moedas Digitais de Bancos Centrais, que são stablecoins emitidas por bancos centrais.
No Brasil, por exemplo, o Real Digital, a CBDC nacional, não será amplamente utilizado pela população em pagamentos cotidianos, mas sim servir como um ativo para empresas.
Dessa forma, os bancos podem monetizar seus depósitos a partir da tokenização Com isso, poderão emitir stablecoins, que serão lastreadas pela CBDC emitida pelo Banco Central (BACEN).
Sendo assim, a expectativa é que as stablecoins se tornem uma porta de entrada para um futuro mais dinâmico para o universo financeiro.
iugu: inovação que impulsiona o seu negócio
Não há dúvidas de que as stablecoins representam um grande salto tecnológico quando falamos sobre o futuro do dinheiro e os pagamentos digitais.
E toda essa inovação, é claro, impacta diretamente os negócios. E você, já se perguntou se a sua empresa está preparada para as profundas transformações da tecnologia atrelada ao universo financeiro?
Então, que tal aprofundar os conhecimentos?
Baixe gratuitamente o e-book do Crédito à Cripto e entenda a como grandes players do mercado vem incorporando produtos financeiros em seu ecossistema e alterando completamente o panorama dos pagamentos.
Escrito em 26 de Setembro de 2022 por
Lidiane Oliveira
Gerente de Marketing de Conteúdo com ampla experiência em estratégia de materiais B2B. Atua no mercado de Fintechs há mais de 5 anos e é especialista em meios de pagamento.