Um shopping center é um local que atrai pessoas que, muitas vezes, precisam comprar mais de um tipo de produto. Este conceito migrou para o e-commerce, mas isso não significa que esta ideia, bastante engenhosa, esteja imune: fraudes em marketplaces são um risco para todos os envolvidos neste modelo de negócios.
Segundo estudo da Associação Brasileira de E-Commerce (ABComm), 95% dos brasileiros que compram on-line hoje dizem que fazem uso de marketplaces.
E este tipo de loja virtual funciona mais ou menos como um shopping, mas sem que o cliente precise sair de casa para adquirir produtos ou utilizar os mais variados serviços. Livros, carros, delivery de comida, cursos para vestibular, passagens aéreas, manicure, carros por aplicativos, cuidados com pets… enfim, são inúmeras ofertas hoje em dia.
Bom, na verdade, o marketplace em si não vende nenhum produto ou comercializa o serviço. Ele é simplesmente um site ou um aplicativo que faz a intermediação entre compra e venda, permitindo que os consumidores adquiram itens de diferentes varejistas, de uma maneira muito mais prática.
E essa espécie de shopping center virtual que atrai muitos consumidores consegue também agradar lojistas, já que oferece como vantagens a alta visibilidade, marketing e a antecipação de pagamentos.
Mas, como tudo que faz sucesso atualmente, o espaço virtual de compras não está livre da criatividade dos fraudadores. Por isso, vamos listar alguns tipos de fraudes em marketplaces que podem comprometer a saúde financeira e gerar prejuízos a todos os envolvidos na plataforma.
Nesse tipo de fraude em marketplace, o que o golpista quer mesmo é receber o produto. Bom, isso, em teoria, é o que todas as pessoas que realizam uma compra querem, certo? Mas neste caso, o fraudador vai utilizar um cartão clonado para realizar a compra.
Mas não é só isso. Para que o marketplace tenha dificuldade em perceber que se trata do golpe, antes mesmo de realizar a compra o golpista vai em busca de um account takeover, ou seja, ele tentará roubar uma conta ativa e com boa reputação na plataforma para que não haja desconfiança.
Se conseguir fazer isso, ele utilizará os dados vazados de um cartão válido para realizar alguma compra. Normalmente esse tipo de golpe será dado em um produto que pode ser facilmente convertido em dinheiro, como joias, ou que tenham alto poder de revenda - como smartphones e aparelhos eletrônicos em geral.
Simples: soluções antifraude que atuam no pagamento, e melhor ainda se combinadas com outros fornecedores.
Esse tipo de fraude em marketplaces é a famosa tentativa e erro. Sabemos que atualmente vivemos na era dos vazamentos, certo? E aqui os fraudadores vão utilizar esses dados vazados para testar e-mails, senhas e cartões de crédito, utilizando a plataforma de pagamentos.
Para aplicar este golpe, os fraudadores pegam os e-mails e CPFs vazados e criam contas falsas, “sequestrando” uma identidade digital ou criando uma identidade sintética. Mas o objetivo de conseguir acessar a plataforma com uma nova conta é simplesmente testar os cartões de crédito clonados (ou vazados).
Para isso, o fraudador começa a fazer compras de pequenos valores para verificar o limite do cartão, que não levantem suspeitas. Primeiro ele vai nas mais baixas, R$ 1, R$ 3 ou até mesmo R$ 5. Com a compra aprovada e ciente de que aqueles dados são válidos, o golpista busca um produto um pouco mais caro, na casa de R$ 30. E assim eles vão aumentando os valores, superando os milhares de reais.
Uma boa análise no perfil desses compradores vai facilmente perceber que se trata de uma fraude. Isso porque, a não ser que você conheça alguém bastante consumista, dificilmente uma pessoa vai realizar 20 pedidos em menos de uma hora, certo?
Além disso, é provável que boa parte dos cartões de crédito que estão sendo testados já tenham sido bloqueados pelas vítimas. Logo, é possível desconfiar de um consumidor que tenta pagar o mesmo produto com cinco ou dez cartões diferentes.
Dos principais tipos de fraudes em marketplaces, esta é a mais difícil de ser analisada. Aqui, o fraudador se passa por vendedor e comprador em diferentes plataformas. Difícil imaginar? Calma que vamos te dar um exemplo.
Neste caso, a proteção deve ser preventiva, validando com precisão as aberturas de contas de clientes e de lojistas.
Nesse golpe, o fraudador é, ao mesmo tempo, o comprador e o vendedor do produto. Ou seja, ele se dá ao trabalho de criar uma loja virtual no marketplace, com todos os dados como nome, endereço e produtos para não gerar desconfiança. A partir do momento que o marketplace autoriza o início das vendas o golpe se inicia.
Essa loja que acaba de ser criada começa a fazer um sucesso instantâneo, muitas e muitas vendas aprovadas, milhares de pedidos realizados e mais um empreendedor bem sucedido, certo?
Bem... não é bem assim. Provavelmente o golpista possui os dados vazados de muitos cartões de crédito e está utilizando o marketplace para cometer o crime de lavagem de dinheiro.
Como muitas dessas plataformas realizam a antecipação do pagamento e também arcam com custos do chargeback, os golpistas simplesmente extinguem as lojas de fachada assim que a fraude é aplicada.
Assim como no tópico anterior do golpe da triangulação: nestes dois tipos específicos de fraudes em marketplaces, a validação e a análise de lojistas no momento do cadastro é o segredo.
Tendo em vista todas as fraudes em marketplaces que listamos acima, temos aquela que talvez seja a melhor solução: a validação de identidades digitais de todos os usuários da plataforma, sejam eles compradores ou lojistas, ao longo de várias etapas da jornada digital - do cadastro e do login até o pagamento e as alterações cadastrais.
Mais do que a validação de dados cadastrais, uma das melhores táticas para realizar esta proteção de identidade digital se dá a partir da análise contextual do comportamento do usuário e, também, do dispositivo (ou dispositivos) utilizados.
Isso porque devices contêm informações preciosas, sejam elas relacionadas a geolocalização, configurações do aparelho (inclusive se está comprometido), histórico de uso, entre outras.
Claro, talvez faça parte da vida de um usuário realizar mais de 20 compras em apenas uma hora – quem sabe ele tem um comércio? –, mas ele tem potencial para ser um testador de cartões.
Hoje em dia, há no mercado soluções capazes de identificar diversos tipos de fraudes em marketplaces, antes mesmo de as tentativas serem realizadas. Mesmo utilizando uma conta de vendedor e uma de fraudador, a análise contextual observaria que o procedimento estaria sendo feito a partir do mesmo device, interrompendo a fraude e garantindo uma operação segura para marketplaces.
O AllowMe é uma empresa que está de olho no crescimento do e-commerce e na importância de entregar a melhor experiência para o consumidor. Entregando soluções completas para identificar e mitigar fraudes desde o momento de acesso da plataforma até o checkout. Assim, a segurança é garantida em cada etapa do processo de compra.
Referência no mercado de meios de pagamentos, a iugu simplifica a forma de fazer e receber cobranças no seu marketplace. Integre com as principais plataformas de e-commerce e potencialize vendas ao máximo, garantindo segurança de ponta a ponta. É fácil acompanhar vendas e estar no controle do negócio. Isso significa um nível a mais de proteção e tranquilidade para tocar as operações no dia a dia.