Fluxo de caixa: o que é e como aplicar na sua empresa
Escrito em 06 de Junho de 2022 por Lidiane Oliveira
Atualizado em 13 de Agosto de 2024
Você sabe como anda a gestão financeira do seu negócio? Ela é parte fundamental do crescimento sustentável de uma empresa. Afinal de contas, de nada adianta contar com bons produtos se não há um fluxo de caixa eficiente para manter as operações e crescer entre a concorrência.
Com ele, as empresas podem ter um maior controle sobre a entrada e saída de dinheiro, e realizar um verdadeiro diagnóstico das finanças.
A partir desses dados, os gestores conseguem apurar o saldo disponível no momento para as despesas fixas e planejar investimentos para o futuro.
No entanto, em muitos casos, essa gestão costuma ser falha, principalmente em pequenas e médias empresas, o que leva ao grande número de fechamento de negócios.
E é sobre isso que vamos falar hoje. Para te ajudar a entender mais sobre o assunto, preparamos um artigo para te explicar o que é fluxo de caixa e como implementá-lo de forma eficaz no seu negócio. Continue a leitura e saiba mais!
Que tal dar um play no conteúdo?
O que é fluxo de caixa?
O fluxo de caixa nada mais é do que uma ferramenta de controle e organização das finanças de um negócio. A partir dele, é possível acompanhar todas as movimentações da empresa, como a entrada e saída de recursos.
A entrada diz respeito à venda de produtos, serviços ou ativos da companhia. Já a saída se refere às despesas fixas e custos operacionais, como, por exemplo:
- Aluguel;
- Impostos;
- Contas;
- Salários;
- Fornecedores;
- Estoque;
- Entre outros.
Quando a entrada é maior do que a saída, a empresa possui um saldo positivo. Quando a saída é maior do que a entrada, podemos dizer que há um desequilíbrio nas finanças, o que, a longo prazo, pode gerar sérios prejuízos à saúde do negócio.
O fluxo de caixa também permite que os gestores tomem decisões mais assertivas em relação à empresa. Dessa forma, é possível planejar investimentos e manter tudo sob controle sem grandes surpresas no futuro.
A importância do fluxo de caixa para um negócio sustentável
De acordo com dados divulgados em fevereiro pelo Ministério da Economia, mais de 1,410 milhão de negócios formais foram fechados apenas em 2021. Entre os motivos para a falência, estão a falta de gestão financeira, operacional e comercial.
Sendo assim, podemos entender que o fluxo de caixa já não é mais uma ferramenta auxiliar, mas sim uma peça fundamental para garantir a longevidade das empresas e os planos de expansão a longo prazo.
Isso porque um bom fluxo de caixa também impacta outros aspectos, como:
- Tomada de decisões: contar com um bom fluxo de caixa permite que você tenha uma análise completa sobre a situação da empresa e realize decisões assertivas baseadas em dados;
- Planejamento financeiro: com base nos dados do fluxo de caixa, você consegue realizar o planejamento financeiro empresarial. Assim, é possível estabelecer metas de crescimento e acompanhar os resultados mês a mês;
- Cumprimento de obrigações: o fluxo de caixa também garante que a sua empresa cumpra todas as obrigações legais, como pagamentos de colaboradores, fornecedores e aluguéis, e possa criar medidas preventivas para evitar imprevistos;
- Redução de custos: com a análise profunda da saúde financeira do negócio, você consegue entender como otimizar o saldo disponível e cortar despesas.
Quais são os principais tipos de fluxo de caixa?
Há diferentes tipos de fluxo de caixa, e cada um deles possui características e aplicações específicas. Por isso, é importante conhecê-los para identificar qual irá se encaixar melhor na sua estratégia. Veja só.
1. Fluxo de caixa indireto
O fluxo de caixa indireto se baseia em cálculos e dados sobre os lucros e prejuízos presentes no DRE (Demonstração do Resultado do Exercícios), além de depreciações e amortizações.
Em outras palavras, o fluxo de caixa indireto leva em consideração todas as movimentações financeiras que podem impactar os lucros do negócio, como financiamentos e investimentos.
2. Fluxo de caixa projetado
O fluxo de caixa projetado leva em conta as projeções futuras. Ou seja, ele irá considerar apenas os gastos e recebimentos dos meses seguintes, sem utilizar os dados de entradas e saídas que já foram realizadas.
Dessa maneira, os gestores conseguem preparar o orçamento de forma mais profunda, uma vez que a análise projetada fornece uma visão de riscos iminentes e pontos a melhorar.
3. Fluxo de caixa operacional
Como o próprio nome sugere, o fluxo de caixa operacional se concentra apenas nas operações financeiras necessárias para o funcionamento do negócio.
Sendo assim, esse cálculo não considera valores de entradas e saídas que não estão relacionadas ao operacional.
4. Fluxo de caixa livre
Já o fluxo de caixa livre nada mais do que o saldo livre no caixa da empresa após a realização de todos os pagamentos de despesas e contas fixas.
Além de servir para pagar eventuais dívidas da empresa, ele pode ser utilizado para o pagamento de dividendos de acionistas.
5. Fluxo de caixa direto
O fluxo de caixa direto considera apenas os valores brutos das atividades operacionais da empresa, como venda de produtos ou serviços e pagamentos de colaboradores e fornecedores, sem considerar os descontos.
Como é de fácil compreensão, esse é um dos métodos mais utilizados, e fornece atualizações diárias sobre a saúde do caixa.
5 dicas para ter um fluxo de caixa eficiente na sua empresa
Para ter um fluxo de caixa eficiente no seu negócio, é preciso se atentar para outros passos que vão além da entrada e saída de valores. Confira quais são.
1. Registre e classifique todas as informações
Todos os valores gastos ou recebidos – por menores que sejam –, precisam ser registrados diariamente. Afinal, esse é o objetivo do fluxo de caixa.
Também é importante separar as informações por categorias, e não somente “ganhos” ou “gastos”. Dessa forma, você terá uma visualização completa e conseguirá identificar as origens de todas as entradas e saídas.
2. Defina um período para o fluxo de caixa
O fluxo de caixa não possui uma periodicidade fixa. Sendo assim, você pode realizá-lo conforme as necessidades do seu negócio.
Ele pode ser feito diariamente, semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, mas lembre-se que um período muito longo pode impactar o controle das finanças.
3. Utilize a tecnologia
Até hoje, muitas empresas utilizam uma planilha de fluxo de caixa para registrar todas as movimentações financeiras. No entanto, essa pode não ser a melhor opção quando falamos de fluxo de caixa.
Então, a dica é abraçar a tecnologia e utilizá-la a seu favor. Com um software, você tem muito mais autonomia e consegue otimizar a análise dos dados, além de contar com segurança e controle sobre as informações.
4. Faça um inventário
Para facilitar o registro das entradas e saídas, busque realizar um levantamento de todas as despesas e receitas (sejam atuais ou futuras), assim como planos de expansão e investimentos no negócio.
5. Gerencie o estoque
Você sabia que um estoque volumoso pode acabar prejudicando a sua empresa? Isso porque, se não utilizado, ele pode se tornar um capital imobilizado e que não gera receitas para o negócio.
Portanto, vale a pena se certificar sobre o valor do seu estoque e os limites máximos e mínimos que ele pode ter. Com essas informações, você terá mais controle e saberá quanto investir para não ter prejuízos.
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Escrito em 06 de Junho de 2022 por
Lidiane Oliveira
Gerente de Marketing de Conteúdo com ampla experiência em estratégia de materiais B2B. Atua no mercado de Fintechs há mais de 5 anos e é especialista em meios de pagamento.