Empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus): como lidar com um cenário incerto?
Escrito em 15 de Abril de 2020 por Redação iugu
Atualizado em 30 de Outubro de 2024
“Empresas na crise e a COVID-19 (Corona vírus)” é a pauta do momento no mundo corporativo. Não é para menos. Afinal, a pandemia está abalando o mundo todo e gerando transformações em todas as esferas.
O momento exige cuidado e atenção. Nesse cenário, a consciência em relação à prevenção é essencial e configura a melhor forma de desacelerar a doença. Isso porque os casos crescem dia a dia.
De acordo com um balanço atualizado no começo de maio de 2020 pela Universidade Johns Hopkins, o coronavírus já infectou mais de 6.9 milhões de pessoas ao redor do globo.
Em meio a isso, apesar da mídia e do governo anunciarem, de forma massiva, a importância do isolamento, há mais gente na ruas brasileiras. Logo, o país conta com, infelizmente, mais de 87.000 mortes.
Em frente a esse cenário, acontece uma situação paradoxal. Afinal, a relevância do isolamento social é indiscutível, mas ela afeta a economia, já que as pessoas deixam de produzir e também de comprar. O mercado já apresenta sinais claros e reativos a esse momento, com a Bolsa de Valores em queda constante e o dólar nas alturas.
Em meio a essa turbulência, é natural que tanto as empresas como as pessoas adotem uma postura defensiva. No entanto, apesar de não existir uma fórmula mágica para lidar com essa situação atípica e do caminho ser incerto, é possível enxergar a crise com positividade e transformar esse desafio em oportunidade.
Desse modo, diante da crise, muitas empresas estão desenvolvendo planos de contingência e, assim, se adaptando para lidar com essa nova realidade.
Empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus): medidas do governo para minimizar os prejuízos
Para minimizar os prejuízos, o governo tomou algumas medidas importantes, como:
- a liberação de R$ 5 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador em forma de crédito para micro e pequenas empresas;
- adiamento durante o período de 90 dias no pagamento do FGTS;
- adiamento durante o período de 90 dias no pagamento da parte da União do Simples Nacional;
- redução de 50% nas contribuição do Sistema S durante o período de 90 dias.
Com essas ações, o governo espera gerar um respiro financeiro de R$ 2,2 bilhões às empresas.
Ao todo, essas medidas representam R$ 55 bilhões e têm como foco minimizar os efeitos da pandemia nas pequenas empresas e preservar empregos, como mostram as palavras de Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES):
“As medidas adotadas pelo BNDES visam a apoiar o trabalhador diretamente com a possibilidade de novos saques do FGTS, e indiretamente, ao ajudar na manutenção de mais de 2 milhões de empregos com aumento da capacidade financeira e preservação de 150 mil empresas.”
Empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus): qual deve ser o comportamento do gestor?
Apesar das medidas do governo serem fundamentais nesse contexto desafiador da economia, as companhias também devem aplicar ações para melhorar o cenário.
O Brasil, conhecido por sua população adaptável e criativa, já apresenta exemplos de empresas que estão vivenciando a crise da COVID-19 com criatividade, como mostra o vídeo abaixo:
Entretanto, além da criatividade, os gestores também precisam adotar ações práticas no dia a dia. O vídeo abaixo, do Sebrae, exibe algumas delas.
A postura e o mindset do gestor também são essenciais nesse momento. Para isso, o empreendedor deve ter como guia algumas ações, como as descritas abaixo.
1. Tenha capacidade adaptativa
Nesse sentido, é crucial que todas as partes da organização trabalhem de modo harmonioso. Para isso, o gestor deve ser assertivo e também demonstrar calma e empatia.
Outra opção é deixar a hierarquia em segundo plano, mesclando posições diferentes, como especialistas de um departamento atuando diretamente com gestores seniores.
Deixar o ego de lado é primordial nesse caso para não acirrar disputas desnecessárias em frente a um momento tão delicado.
Outra dica importante é: seja flexível. Ao mesmo tempo que você pode se manter firme em relação a uma ideia, também deve estar aberto para escutar novas soluções.
Uma boa estratégia também é: não se esqueça dos valores de sua empresa. Isso porque eles promovem a segurança e, assim, facilitam a comunicação e a aplicabilidade de estratégias.
Em outras palavras, isso significa que se a proposta de valor de sua companhia for a de colocar as pessoas em primeiro lugar, é imprescindível que a sua postura e suas atitudes, como gestor, reflitam isso.
2. Seja resiliente
Momentos de incerteza são decisivos na história de um negócio. Eles podem tanto unir e garantir força para enfrentar desafios, como ruir uma organização. Dessa forma, ser resiliente em meio à turbulência é crucial. Além de inspirar, essa atitude promove o engajamento e uma postura positiva de seus funcionários.
Para tanto, você, gestor, precisa demonstrar tranquilidade e valorizar as ações internas de seus colaboradores, enfatizando que a contribuição de todos é primordial para que a empresa vença este obstáculo.
3. Demonstre confiança
Ao demonstrar confiança, você transmite segurança para seus funcionários. Apesar do caráter subjetivo desse termo, ele conta com aplicações práticas.
Em linhas gerais, é essencial não “falar só por falar” ou se basear em achismos e em conjecturas irreais. Assim, é essencial promover ações concretas para inspirar e motivar o seu time.
Não se esqueça de que confiança é um caminho de mão dupla. Dessa forma, é extremamente importante que você tenha e demonstre esse sentimento para seus colaboradores. Afinal, como disse Al Pacino no filme “Um Domingo Qualquer”:
Empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus): o que as grandes companhias estão fazendo?
Em períodos críticos, ser solidário e empático é fundamental. Cientes disso, muitas companhias estão promovendo ações e atitudes para o bem-estar da sociedade. Saiba, agora, o que as grandes empresas estão fazendo na crise da COVID-19.
- Ambev: a empresa irá produzir e entregar milhares de unidades de álcool gel para hospitais públicos de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal;
- Google: também está fazendo a sua parte, ao oferecer, de forma gratuita, os recursos avançados de seu aplicativo Hangouts Meet com o objetivo de facilitar a comunicação entre as escolas e as companhias afetadas pela COVID-19;
- 99: como suporte aos motoristas e aos colaboradores parceiros da companhia que contraíram o coronavírus, a 99 criou um fundo especial de milhões de dólares;
- Microsoft: para manter as pessoas informadas, a gigante americana criou um mapa com os dados sobre a pandemia divulgados pela Organização Mundial de Saúde e de outras instituições dos Estados Unidos; (o gráfico abaixo é só para exemplo, não está atualizado com os dados atuais)
Crédito: Bing
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- Rappi: para minimizar o contágio, a Rappi está distribuindo álcool gel para todos seus entregadores. Além disso, a companhia está oferecendo em seu aplicativo a “entrega sem contato”. Por meio dela, os entregadores deixam as mercadorias a alguns metros dos clientes;
- Nestlé: além de adotar medidas de segurança em suas fábricas e escritórios, a Nestlé recomendou o trabalho home office e também aconselhou que seus colaboradores substituíssem suas viagens por reuniões feitas por videoconferência;
- Volkswagen: a montadora intenciona disponibilizar as férias coletivas para seus funcionários;
- Petrobras: com foco no bem-estar de seus funcionários, a gigante petrolífera suspendeu viagens internacionais. Além disso, a estatal autorizou que seus colaboradores idosos trabalhem remotamente e suspendeu reuniões com mais de 20 pessoas.
Empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus): que medidas a sua companhia deve adotar?
Conheça, agora, algumas medidas que a sua companhia deve adotar para enfrentar a crise da pandemia.
1. Desenvolva um plano de combate
Desenvolver um plano de combate baseado em dados reais e que explorem diversos situações é uma ação efetiva no momento de crise. Nele, também devem estar incluídas informações sobre o panorama que contem com diferentes cenários sobre como a companhia pode ser afetada.
De acordo com pesquisa da PwC, 75% das empresas que desenvolveram um plano de combate baseado em fatos e em diferentes cenas, conseguiram superar seus momentos críticos porque essas informações geraram uma estratégia mais efetiva e mais agilidade para resolver problemas.
2. Organize os principais agentes de combate à crise
Organizar os times de acordo com suas funções promove a fluidez e a dinamicidade das operações. Nesse sentido, é recomendável segmentar as atividades da seguinte maneira:
- profissionais de comunicação: que devem atuar na criação e na divulgação das mensagens tanto interna como externamente;
- departamento jurídico: que deve estar bem-informado e atualizado sobre diversos cenários para, assim, compreender e explicar sobre os riscos que a organização corre e como ela deve agir frente a eles;
- colaboradores operacionais: que cuidarão de todos os processos relacionados a fatos que possam causar prejuízos às empresas, atuando, também, como um departamento de suporte para os profissionais de comunicação e o time jurídico.
Para que essas equipes trabalhem bem e entrosadas, é importante criar um comitê e definir representantes de cada uma dessas áreas. Esse processo facilita as tomadas de decisão e também é imprescindível para gerar soluções eficazes frente à crise.
3. Crie uma estratégia de comunicação transparente
Informar, constantemente, sobre a situação real da empresa tanto para seus colaboradores como para clientes, investidores e fornecedores é uma prática importante.
Essa tática prestigia a questão da segurança, pois tranquiliza os funcionários. Nesse sentido, é essencial rever e modificar algumas diretrizes para, assim, aplicar ações que valorizem o bem-estar de sua equipe, como a suspensão de viagens e o oferecimento do trabalho remoto.
Também é imprescindível se comunicar de forma transparente com seus clientes, Assim, sua empresa conseguirá cumprir com seu contrato e, caso necessário, terá a credibilidade necessária para ajustar prazos e entregas, por exemplo.
4. Tenha visão de longo prazo
Além de avaliar o que a pandemia está ocasionando hoje, é fundamental ter uma visão de longo prazo e realizar um exame profundo e detalhado sobre as consequências que a crise pode gerar em meses e, até mesmo, em anos para o seu negócio.
Dessa forma, a sua empresa conseguirá tomar medidas que antecipem a solução de problemas e, logo, o seu negócio ficará mais forte e sustentável.
Além disso, é importante ter um pensamento voltado para o “melhor está por vir”. Para se inspirar sobre o assunto e ter bons insights, recomendamos que assista ao TED “Como ideias vencem crises”.
Empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus): como reduzir os impactos da pandemia em seu negócio?
Confira ótimas dicas para que o impacto da pandemia em seu negócio seja minimizado.
1. Venda online
O isolamento social diminuirá o consumo, mas não acabará com ele. Isto é, as pessoas continuarão comprando, só que de suas casas.
Sendo assim, se a sua empresa trabalha com produtos que possam ser comercializados virtualmente, apostar nessa ideia é uma excelente opção.
Nesse sentido, é fundamental destacar que para vender na internet não é preciso investir muito e nem contar com planos mirabolantes.
2. Aposte no delivery
Caso a sua empresa tenha como base de negócio o consumidor final, apostar em aplicativos de entrega é uma alternativa a ser considerada. Isso porque, além de não demandar muito investimento, a facilidade do processo é priorizada.
Ou seja, por meio do delivery, o seu cliente pode receber o seu produto no mesmo dia, sem burocracia e com agilidade.
3. Eleve a experiência de seus clientes
Mesmo com a crise, o bom relacionamento com o cliente deve ser mantido. Afinal, é mais caro atrair um novo cliente do que manter um. Como o cenário pede economia de recursos, valorizar a experiência de seus clientes deve estar entre suas prioridades.
Para isso, uma boa dica é: invista em uma plataforma de pagamentos online. Afinal, um sistema como esse além de fornecer diversidades em opções de pagamento, também oferece o checkout transparente. Assim, não redireciona o cliente para outro site, o que, hoje, representa um dos maiores motivos para abandono de carrinho.
Para completar, um boa plataforma conta com soluções antifraude, gerando mais confiança e segurança no processo de compra e ainda permite personalizações, uma característica essencial para fidelizar consumidores.
Para isso existe a iugu, uma empresa pioneira em pagamentos digitais e que está junto com você na batalha contra o corona vírus. Dessa forma, nossos especialistas estão aptos para entender o seu momento e, se for o caso, oferecer soluções que se alinhem a ele. Para conversar, sem compromisso, com um de nossos experts.
E como está a retomada da economia? Existe previsões?
Nesse webinar feito pelo canal Invest News BR, temos a visão de como será essa retomada por grandes líderes varejistas como José Carlos Semenzato, fundador e presidente do conselho da SMZTO Holding de Franquias; Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza; João Appolinário, fundador da rede Polishop; e Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail: boutique de estratégia de varejo.
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Crédito da foto de capa: AIT
Escrito em 15 de Abril de 2020 por
Redação iugu