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Custo fixo e custo variável: como diferenciá-los e gerenciá-los na sua empresa

Escrito em 03 de Março de 2021 por Redação iugu

Atualizado em 09 de Outubro de 2024

O custo fixo e custo variável são dois tipos diferentes de despesas. Fixo é uma despesa que não muda com o volume de produção e o variável varia conforme a produção, como matérias-primas. Ambos são essenciais para entender a estrutura de gastos de uma empresa.

Independentemente do porte da empresa e do setor de atuação, identificar as diferenças entre os tipos de gastos é fundamental para um gerenciamento financeiro eficiente. Deste modo, é de extrema importância saber identificar e diferenciar o custo fixo e custo variável.

A gestão financeira envolve a administração de todos os custos de produção para garantir melhores resultados de caixa. É por meio dessa gestão que conseguimos  distinguir o conceito de custo fixo e custo variável.  Em toda empresa, há os custos para produção dos serviços ou produtos oferecidos que podem envolver a mão-de-obra, armazenamento, logística, entre outros e as despesas para manter o pleno funcionamento do negócio. 

A partir disso, um ponto-chave da gestão de finanças é reconhecer quais são seus custos fixos e os variáveis. Neste artigo, ensinaremos você a diferenciar custo fixo e custo variável, mostrando os impactos que cada um pode exercer no dia a dia da sua empresa. Acompanhe a leitura e confira como separar os tipos de custos é fundamental no controle financeiro do seu negócio.

O que é custo fixo e custo variável?

Os custos fixos são despesas que permanecem constantes, independentemente do volume de vendas ou produção. Exemplos incluem aluguel de plataformas de e-commerce, salários de funcionários administrativos, e despesas com manutenção de sistemas. Esses valores não mudam, mesmo que as vendas aumentem ou diminuam. 

Por outro lado, custos variáveis estão diretamente relacionados ao volume de vendas ou produção. Eles incluem gastos como a aquisição de mercadorias, custos de embalagem, e taxas de envio. Se as vendas aumentam, esses custos também sobem, e se as vendas caem, eles diminuem.

Qual a diferença entre custo fixo e variável?

Os custos estão relacionados à produção ou à aquisição de produtos que serão vendidos. Eles incluem matérias-primas, fabricação, e outros gastos vinculados ao processo de desenvolvimento dos itens comercializados. 

Já as despesas englobam os gastos necessários para manter a operação da empresa, independentemente da produção. Esses gastos podem incluir salários administrativos, aluguel, marketing, e serviços como internet e telefone. 

Na prática, se considerarmos um restaurante, todos os recursos empregados na produção e distribuição dos alimentos são considerados custos. Agora, gastos com contabilidade, por exemplo, são classificados como despesas.

 Por que é importante identificá-los? 

Identificar esses gastos é uma tarefa obrigatória para todo lojista, porque permite uma compreensão clara das finanças do negócio.

Com essa distinção, é possível calcular o ponto de equilíbrio, ou seja, quantas vendas são necessárias para cobrir todas as despesas. Isso ajuda na definição de preços, no planejamento financeiro e na manutenção da lucratividade.

Essa ação também ajuda na tomada de decisões estratégicas, como identificar oportunidades para reduzir custos e aumentar margens de lucro. Assim, você pode ajustar suas operações para melhorar a eficiência e competitividade. 

Veja também: 13 ferramentas de gestão financeira para o seu negócio

Qual a diferença entre os custos e despesas na empresa? 

Os custos estão relacionados à produção ou à aquisição de produtos que serão vendidos. Eles incluem matérias-primas, fabricação, e outros gastos vinculados ao processo de desenvolvimento dos itens comercializados. 

Já as despesas englobam os gastos necessários para manter a operação da empresa, independentemente da produção. Esses gastos podem incluir salários administrativos, aluguel, marketing, e serviços como internet e telefone. 

Na prática, se considerarmos um restaurante, todos os recursos empregados na produção e distribuição dos alimentos são considerados custos. Agora, gastos com contabilidade, por exemplo, são classificados como despesas.

Como identificar os tipos de custos?

O primeiro passo para identificar o custo fixo e custo variável nas finanças da sua empresa é por meio do levantamento de todos os gastos ligados à produção em um determinado período de tempo. Então, com tais dados, é possível elaborar uma planilha para observar as variações de cada um deles.

Para um planejamento financeiro mais eficiente, é importante que a tabela apresente informações da produção e do faturamento com as vendas. Desse modo, é mais fácil visualizar a produtividade da sua empresa a partir do custo dos recursos empregados, e até mesmo prever a margem de lucro.

Ainda precisa de ajuda para identificar os tipos de custos? Continue a leitura e confira quais são os custos fixos e quais são os variáveis.

Quais são os custos fixos?

Como já foi abordado, o custo fixo é definido como todos os gastos que não se alteram em função da quantidade de produção. Isto é, ainda que a empresa venha a aumentar o número de itens produzidos ou de serviços executados, o custo continua o mesmo.

Por outro lado, os custos fixos se relacionam à capacidade produtiva da empresa, sendo conhecidos também como custos de estrutura. Assim, pode acontecer do custo fixo ser alterado, caso haja gastos para aumentar a capacidade de produção - como a contratação de novos funcionários ou pagamento de horas-extras.

Com isso, ainda no exemplo do restaurante, um aumento no fluxo de consumidores durante os finais de semana pode aumentar o ritmo de produção. Contudo, ainda com a oscilação das vendas, alguns custos permanecem os mesmos, como as despesas com aluguel e salário de funcionários, contato que não façam hora-extra.

Dentre os principais custos fixos que todas as empresas apresentam estão:

  • Aluguel do imóvel;
  • Serviços de segurança;
  • Serviços de limpeza;
  • Planos de telefonia;
  • Manutenção de equipamentos.

Como você pode ver, todos esses serviços são essenciais para a linha produtiva de, praticamente, toda empresa. Claro, o aluguel pode sofrer reajuste, os planos de telefonia aumentarem o valor e, eventualmente, um equipamento precisar de outra manutenção. Contudo, a margem de variação desses custos é mínima ou só ocorre ocasionalmente.

Quais são os custos variáveis?

Os custos variáveis, por sua vez, são todos os gastos que acompanham o fluxo de produção. Assim, eles sofrem alterações consideráveis conforme o volume de vendas ou prestação de serviços aumenta ou diminui.

As matérias-primas para a produção da atividade-fim da empresa são um caso clássico de custo variável. Quanto maior for a demanda pelo produto, maior será a quantidade de matéria para produzi-la. 

Seguindo o exemplo do restaurante, a demanda pode aumentar bastante em alguns dias da semana. Consequentemente, a quantidade de alimentos para o preparo do maior número de pratos será maior - assim como o consumo de gás e outros recursos.

Em uma empresa, os principais exemplos de custos variáveis são:

  • Matérias-primas da atividade-fim ou serviço prestado;
  • Fornecimento de energia elétrica;
  • Fornecimento de água;
  • Salário de funcionários, quando incorre em horas extras.

Como já foi dito anteriormente, a natureza do custo vai depender do tipo de empreendimento e das atividades executadas. Em uma empresa fora do ramo culinário, o gás pode ser um custo fixo, por exemplo.

Da mesma forma, o salário dos funcionários pode variar conforme o regime de contratação, ou caso eles executem horas-extras. Por essas diferenças, é fundamental conhecer bem os processos da sua empresa e as diferenças entre custo fixo e variável.

Como esses custos afetam a gestão financeira de uma empresa?

Ter um controle preciso desses gastos é uma forma de se preparar para as oscilações que acontecem em todo negócio. Enquanto os custos fixos exigem um planejamento cuidadoso para garantir que a você possa arcar com eles em períodos de baixa demanda, os custos variáveis precisam ser monitorados para garantir que não corroam as margens de lucro à medida que as vendas aumentam. 

Gerir esses custos de forma eficiente pode ajudar a aumentar o lucro e garantir a sustentabilidade a longo prazo, especialmente em um mercado competitivo.

Veja também: 13 ferramentas de gestão financeira para o seu negócio

Por que identificar o tipo de custo?

A identificação do tipo de custo é um dos pontos básicos para uma boa gestão financeira, pois esses são dados fundamentais para a elaboração do planejamento orçamentário da sua empresa e outras decisões, como a previsão do lucro e mudanças operacionais.

A partir de um bom plano orçamentário, que separa os tipos de custos e as despesas variáveis do negócio, a divisão dos recursos destinados a cada setor, além das operações prioritárias, se torna mais prática e precisa. Afinal, quando não se conhece os custos que cada atividade demanda, os valores podem ser aplicados de forma inadequada - e seu negócio pode perder em receita bruta.

O conhecimento de cada tipo de custo permite também avaliar quais são os gastos para a produção de cada peça ou oferta de serviços, de modo a facilitar a precificação dos seus produtos. Com isso, é possível prever a margem de lucro e realizar ajustes orçamentários a fim de atingir melhores resultados.

Por exemplo, os custos fixos não interferem diretamente no fluxo produtivo. Assim, quanto maior a produção, menor será a influência dos custos fixos em cada produto ou serviço e, consequentemente, o preço final de cada produto pode diminuir. Por outro lado, talvez você deva aumentar os custos variáveis para aumentar o ritmo de produção.

Assim, em épocas de aumento de vendas, que pode variar conforme o segmento da empresa, conhecer os gastos que afetam a maior demanda é a melhor forma de se planejar para não diminuir a produtividade e até mesmo para avaliar a capacidade que a empresa tem de fazer promoções.

Por fim, a divisão dos tipos de custos e o discernimento do que é despesa é a melhor estratégia para controlar seus gastos e realocar recursos de um setor a outro, quando necessário para aumentar seu faturamento.

Agora que você sabe diferenciar o custo fixo do variável e a importância dessa separação para o gerenciamento financeiro do seu negócio, continue a leitura e aprenda a calcular seus custos.

Como calcular o custo variável e fixo?

Bem, como você sabe, identificar todos os seus gastos e os dividir entre custos fixos, variáveis ou despesas, afeta diretamente os resultados do seu negócio. Além disso, a prática gera uma série de informações relevantes para a saúde financeira da sua empresa. Sendo assim, saber calcular esses valores é imprescindível para manter a sua gestão organizada.

Como você já deve ter percebido, o custo total da sua produção é a soma do custo fixo ao custo variável. Se você entendeu como classificar cada um dos tipos em sua empresa, a parte do cálculo fica fácil de entender.

Cálculo do custo fixo

Graças à natureza fixa desses gastos, o cálculo desse valor é mais fácil - basta identificar e somar todos os custos fixos que incidem em sua produção. Lembra da planilha no começo do artigo? Com ela em mãos, a soma fica ainda mais simples.

Uma vez que seus valores, normalmente, não se alteram, você só precisa selecionar um período de tempo para a coleta dos dados e, já que mesmo em épocas de crescimento das vendas, o custo fixo é o mesmo.

Assim, conhecer esse valor - que inclui aluguel, IPTU, salário de funcionários mensalistas - já oferece mais flexibilidade à gestão financeira para mexer em outros gastos de produção, se necessário.

Cálculo do custo variável

Os custos variáveis, por outro lado, aumentam conforme o ritmo de produção, sendo identificados a partir do volume empregado na produção. Assim, você deve selecionar o período de tempo que pretende calcular, considerando o aumento dos insumos nas épocas mais movimentadas.

Depois de listados todos os custos variáveis destinados à produção da sua atividade-fim, basta somar todos eles e dividir o valor pelo montante total produzido. No caso do custo variável, é importante também identificar quais os períodos em que os gastos são maiores e menores, a fim de planejar a produção ao longo do tempo.

Como já foi dito aqui, nesse cálculo entram as horas extras trabalhadas pelos empregados, as matérias-primas para a produção de cada item ou execução de cada serviço. Além, claro, das contas de água e luz - se necessárias na fabricação.

Após conhecer os valores dos custos fixos e variáveis, é hora de fazer a soma do custo total da sua cadeia produtiva. Com isso, o gestor consegue visualizar, a partir das expectativas de negócio, o que pode ser reduzido e o que deve continuar o mesmo.

É importante, também, fazer o cálculo das despesas - isto é, tudo o que é atividade meio e que não interfere diretamente na produção. Normalmente, estão aí as principais oportunidades de redução dos gastos no orçamento.

Contudo, essas despesas são direcionadas a questões importantes para o negócio, como na garantia do bem-estar do trabalhador ou em recursos para melhorar o atendimento ao cliente. Assim, a gestão deve avaliar bem quais gastos podem ser reduzidos.

Se você ainda está com dificuldades em diferenciar o custo fixo e custo variável, além das despesas do seu negócio, a iugu pode te ajudar. Nossa equipe é especializada em encontrar soluções exclusivas para as rotinas financeiras de qualquer tipo de empresa.

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