Faça seu prospect se apaixonar por sua página de preços

Escrito em 16 de Março de 2016 por Patrick Negri

Atualizado em 24 de Agosto de 2023

Está tendo problemas para converter clientes? Já parou para pensar que você pode estar construindo a sua página de preço de maneira errada? Muitas empresas do modelo SaaS, que oferecem serviços por assinatura, pecam nessa peça fundamental do negócio, o que interfere nos resultados finais.

A estratégia de precificação de um SaaS é um assunto atualmente muito debatido entre especialistas e empreendedores. Preços muito altos para um modelo de retorno longo prazo ou distantes do valor de mercado; pacotes que não se adequam ao perfil do usuário; design pouco atraente e intuitivo. Todos são fatores que influenciam negativamente a conversão de prospects.

Para alavancar o seu crescimento, um SaaS precisa estruturar pacotes com preços que garantam uma entrada de receita média mensal (MRR) positiva durante o tempo de vida do cliente (LTV) e que não assustem os consumidores com os custos.

Para isso, não existe uma receita de bolo. Mas algumas coisas ajudam na conversão: dispor de um chat especial na página de preços, ofertar descontos na assinatura anual (que geralmente ficam em torno de 2 mensalidades) e oferecer opções de planos personalizados de acordo com as necessidades de uso do cliente.

Como aprimorar sua página de preços?

Primeiramente, é preciso demonstrar que o serviço que você oferece é seguro e de qualidade. Esses são fatores extremamente importantes no mercado digital, visto seu negócio enquanto SaaS envolve armazenamento de dados pessoais e informações financeiras.

1. Estratégia de preço

Faça testes. A precificação de um SaaS é comumente atrelada ao produto, mas ela deve ser determinada por uma fórmula que inclui: modelo de negócio, mercado, segmentação de clientes, estratégia de marketing e proposta de valor.

Procure também analisar os valores e os pacotes oferecidos pelos concorrentes e descubra a opinião dos usuários, assim você entende o ponto fraco da competição e trabalha o seu ponto forte.

Se quiser entrar nos detalhes, sugerimos que leia este artigo (em inglês), que detalha os dilemas da construção de um modelo de precificação de um SaaS.

2. Acerte no design

Um erro de muitos SaaS é elaborar uma página que não chama a atenção dos usuários, é de difícil navegação ou ainda incompatível com dispositivos móveis – ou seja, nada responsiva.

É muito importante levar em consideração cores, fontes, imagens e quantidade de informação na sua página. Evite enchê-la de texto e se certifique de que seus links não direcionam o usuários para páginas erradas. Procure também realizar testes A/B com diversos elementos e esteja aberto a feedbacks para saber a opinião do seu público.

Faça da sua página de preços um lugar completo, no qual é possível encontrar facilmente as informações essenciais para entender, adquirir o seu serviço. Uma interface intuitiva é fundamental se você quiser o usuário navegando sem problemas.

3. Ofereça opções personalizadas

O cliente quer se sentir especial. Você precisa conhecer como o usuário navega dentro de um site e, mais precisamente, qual é o perfil dele — do que está à procura, quais são seus interesses e motivações etc. Criar pacotes com vários modelos de serviço e valores é uma boa solução para atender a diferentes tipos de usuários.

4. Tenha um atendimento disposto a tirar dúvidas

Mais do que um produto ou serviço, o cliente deseja um atendimento de qualidade. Portanto, disponibilize canais de atendimento na sua página, caso o usuário deseje mais informações ou queira tirar uma dúvida sobre o serviço antes de adquiri-lo.

Chats online, formulários de atendimento, endereço de email e até mesmo um link para redes sociais são opções válidas para demonstrar ao usuário que você está à disposição.

Amor à primeira visita

A página deve conquistar o usuário em sua primeira visita. Ou seja, precisa ter boas UI e UX. UI (user interface) é a interface do usuário, ou seja, o formato, a parte física que serve de interação entre o site e o usuário; UX (user experience) se refere ao comportamento e à experiência do usuário ao usar o site. Essas duas formas de trabalhar o design, quando em harmonia, fornecem uma melhor experiência para o usuário.

MailChimp

A página de preços do MailChimp, por exemplo, não poderia ser mais simples e intuitiva. Os nomes dos pacotes indicam claramente quem buscam atingir; as descrições mostram seus diferenciais; os animais inteligentemente evoluem conforme o tamanho da sua operação.

Os custos de cada plano são revelados apenas numa página secundária, que contém mais detalhes dos pacotes. Dessa forma, evita-se que o visitante se sinta sobrecarregado pelo não tão simples modelo de preços do serviço, em que os valores variam conforme o número de assinantes da sua base de emails.

Mas a falta dessa informação logo de cara é compensada pela recomendação que o próprio MailChimp faz assim que você indica o tamanho da sua lista emails por meio do slider escalável.

Sua página de preços - plano assinatura

Autopilot

O slider escalável também está presente na página de preços do Autopilot. Como seus planos não têm diferenças de funcionalidades, não faria mesmo sentido dispor seu modelo naquelas clássicas caixinhas, uma ao lado da outra — a variação dos custos depende do número de contatos ou canais de mensagens adicionados ao software.

Concluem a página, uma seção de FAQ (perguntas mais frequentes) e outra de depoimentos, que resolvem dúvidas básicas de seus prospects antes de um contato por email, por exemplo, e endossam o produto/serviço, respectivamente.

Sua página de preços - plano assinatura 2

Kissmetrics

Em sua página de preços, a Kissmetrics apresenta quatro planos, do mais barato ao mais caro, como a maioria dos SaaS costuma fazer, no modelo de caixinhas. Mas a empresa dá bastante destaque àquele que mais converte: o box do plano Basic é maior que os outros, possui um fundo contrastante e ainda recebe uma etiqueta de “mais popular”, para não sobrarem dúvidas.

Sua página de preços - plano assinatura 3

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