O potencial da computação em nuvem causou uma verdadeira revolução na indústria da tecnologia.
Na última década, vimos a nuvem passar de um mero local de armazenamento de arquivos a uma plataforma para hospedar operações computacionais do início ao fim.
Com isso, cada vez mais sistemas de alta importância migraram sua infraestrutura local para a nuvem.
As vantagens incluem a maior facilidade de acesso e confiabilidade da infraestrutura, além de custos reduzidos.
Entretanto, o crescimento das operações em Cloud Computing proporcionou a pessoas mal intencionadas novas oportunidades de explorar falhas nos protocolos de segurança dos sistemas em nuvem.
Neste artigo, descubra algumas das ameaças mais comuns a sistemas em nuvem e saiba como evitá-los para manter suas operações protegidas.
Cloud Security, ou Segurança de Nuvem, em português, é um domínio da cibersegurança que se preocupa especificamente com a segurança de dados e sistemas hospedados na nuvem.
A prática de Cloud Security envolve um conjunto de processos, protocolos e procedimentos desempenhados para garantir a idoneidade da operação computacional, limitar o acesso a um sistema e preservar a confidencialidade de informações, dentre outras coisas.
Este é um esforço conduzido em mão dupla: tanto pelo provedor de Cloud Services quanto pelo usuário dos serviços.
As atividades englobam ações que visam preservar a integridade da infraestrutura física do provedor, utilizar protocolos arrojados de segurança para acesso, etc.
Desnecessário dizer, Cloud Security é essencial a uma aplicação para garantir a observância às leis do país (compliance).
Logo, a segurança de um sistema em nuvem deve ser considerada desde a concepção e implementação do sistema.
Mesmo com todo o esforço feito pelos provedores de Cloud Services para manter a segurança de sua infraestrutura, nenhum sistema é impenetrável.
Normalmente, o maior risco à integridade e segurança de sistemas está justamente em seus operadores humanos.
Seres humanos estão sujeitos a falhas e enganos, e em Cloud Security é este o principal fator de ameaça à segurança de sistemas em Cloud Computing. Confira abaixo alguns exemplos:
Uma vez que o usuário não tem acesso a toda a infraestrutura computacional da sua instância em nuvem, é possível que ocorram enganos e desentendimentos a respeito das configurações de visibilidade, compartilhamento e acesso a arquivos e sistemas.
Com isso, configurações inadequadas podem ocasionar vazamentos de dados e acesso por pessoas não autorizadas sem que o administrador do sistema perceba imediatamente.
Para manter a segurança dos dados, é necessário que se conheça ao máximo o funcionamento dos Cloud Services contratados.
Recomenda-se ler a documentação com atenção e utilizar canais de suporte para garantir a compreensão sobre as funcionalidades do serviço.
Um dos métodos mais tradicionais de ciberataques é o roubo de credenciais de usuários reais para obter acesso a um sistema. Senhas muito simples ou óbvias podem expor uma aplicação inteira a ataques de todo tipo.
Para manter a segurança do login, é recomendado utilizar um gerenciador de senhas como o 1password para poder criar senhas com muitos caracteres especiais, números e letras em caixa alta e baixa.
Muito comum no mundo corporativo, o compartilhamento de informações e documentos através de links facilita o envio de dados a outros membros de uma organização, mas podem expor o arquivo a olhos não autorizados, violando a privacidade da organização.
Para manter a segurança ao compartilhar com links, é importante utilizar ferramentas que permitam o controle de acesso ao arquivo no link através de credenciais, como o Google Drive.
Como você talvez já saiba, cibersegurança é, acima de tudo, sobre práticas e mentalidades de operação de sistemas para minimizar a exposição a ameaças.
Trabalha-se na segurança a nível de tecnologia, mas reforça-se a segurança no dia a dia por um uso consciente do sistema.
Confira algumas dicas para melhorar o perfil de segurança das operações na sua equipe ou empresa:
Não há mistério: para minimizar o fator de erro humano, é necessário educar os colaboradores.
Isso significa oferecer um treinamento adequado e abrangente para criar uma mentalidade de atenção à segurança na equipe.
Este treinamento deve ser reforçado regularmente e evoluir com os protocolos de segurança do sistema.
Manter os protocolos e o treinamento sempre atualizados minimiza o tempo de exposição a ameaças não previstas e dificulta ataques.
Especialmente em grandes operações, com muitos usuários acessando um mesmo sistema privado de Cloud Computing, é uma boa escolha investir num gerenciador de senhas.
Com um gerenciador com o 1password, por exemplo, é possível criar complexos e rígidos controles de acesso a credenciais de login, mantendo as informações armazenadas com segurança e, muitas vezes, invisíveis ao próprio usuário que as utiliza para acessar o sistema.
Ter um sistema penetrado por conta de uma senha fraca é bastante frustrante, pois é um problema facilmente evitável com o uso de uma senha forte e uma estrita política de compartilhamento de dados de acesso.
Se manter a impenetrabilidade de seu sistema em Cloud Computing é de extrema importância para a aplicação, é inteligente conduzir testes de penetração (pentests) regularmente.
Utilize diferentes e variadas metodologias de teste para abranger o maior número de possibilidades. Repita o teste após alterações no sistema, atualizações, etc.
Um pentesting regular e frequente, quando bem feito, permite encontrar rapidamente novas ameaças e resolvê-las antes que o tempo permita maior exploração de uma falha de segurança.
Para saber mais sobre o assunto, confira o que é pentest e aprenda como realizar um.