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Tudo que você precisa saber sobre arquitetura de microsserviços

Escrito em 27 de Julho de 2019 por Patrick Negri

Atualizado em 14 de Outubro de 2024

Você sabe o que é a arquitetura de microsserviços? Como você já deve ter percebido, os modelos de serviços vêm mudando e evoluindo com o passar do tempo. As soluções tecnológicas propõem ideias novas e é preciso reinventar-se praticamente todos os dias.

Para alcançar os diversos canais em escala ampla, a tecnologia está investindo em desenvolvimento de softwares com maior flexibilidade, utilização intuitiva e manutenção simplificada. Assim, garante uma experiência menos complexa aos usuários.

Neste post, vamos abordar o conceito da arquitetura de microsserviços, sua aplicabilidade e as diferenças para a arquitetura monolítica, além dos desafios que essa nova versão sistêmica enfrenta para ser consolidada!

O que é arquitetura de microsserviços?

É uma aplicação desenvolvida para que cada módulo de um software seja um serviço independente — rodando por conta própria — mas integrado, normalmente, por meio de uma API HTTP, mesmo que desenvolvido em linguagens diferentes.

Tem fundamento na modularidade que recebe a demanda de um processo, executa e envia de volta. Cada um dos módulos tem uma lógica individual e ciclo de existência, projetando aplicações amplas, complexas, com durabilidade superior ao que é empregado na arquitetura monolítica.

Como ela funciona?

Há 3 conceitos dimensionais que apresentam as características das partições originadas da aplicação monolítica — aplicação com todas as funcionalidades em um único processo. Dentro do perfil de escalabilidade temos três eixos:

  • X – o eixo da clonagem (o código oferece cópia idêntica) em formato horizonte para ampliação da capacidade e disponibilidade de aplicação;
  • Z – embora parecido com o eixo anterior, requer a existência de um componente com responsabilidade sobre o roteamento das requisições ao servidor adequado;
  • Y – a dimensão também conhecida como decomposição funcional por dividir a aplicação em diversos serviços.

O funcionamento das aplicações de microsserviços é construído de acordo com a necessidade de interação com o cliente, por interfaces como páginas HTML e Javascript, pelo banco de dados com tabelas variadas e uma aplicação server-side.

Essa última será a responsável pela manipulação das requisições HTTP, execução a lógica de domínio, recebimento e atualização dos dados, seleção dos blocos HTML e envio ao navegador.

Nos exemplos de aplicação, podemos pensar no gerenciamento da carteira de clientes, na plataforma de compras, gestão de pedidos, liberação de estoque, pagamentos.

Qual a diferença para a arquitetura monolítica?

Enquanto a arquitetura monolítica gera peças grandes com concentração das funcionalidades em uma única escala, para depois distribuir a vários serviços, a arquitetura de microsserviços atua de forma contrária, ou seja, dispõe cada elemento de forma separada e somente replica diante de uma necessidade.

A aplicação monolítica realiza um trabalho em um processo macro e a aplicação de microsserviços interage com vários componentes diferentes, integrando os mais diversos serviços.

A arquitetura de microsserviços tem uma característica importante — diante de algum erro, não será preciso fazer manutenção em partes inteiras do sistema, como na aplicação monolítica.

Será possível aproveitar partes isoladas e reprogramar ou substituir aquilo que para a empresa já não tem mais utilidade. A redução de custos é facilmente percebida nesses casos.

Quais são as principais características desse tipo de sistema?

Sabemos que desenvolver bons produtos não é uma tarefa fácil para as equipes de tecnologia da informação. Agradar a um cliente e compreender tudo que ele espera de um software requer expertise sobre as funcionalidades que agreguem valor.

A arquitetura de microsserviços chegou como um facilitador na vida dos desenvolvedores de software. O fato de ser modular permite que as aplicações sejam incorporadas a um negócio para impulsionar o desempenho e gerar melhores oportunidades.

A utilização da arquitetura de microsserviços possibilita que os serviços sejam acompanhados de forma descentralizada, por diferentes pessoas, com conhecimentos distintos que sejam capazes de realizar correções pontuais, quando necessário.

O particionamento das aplicações reduz a margem de erros e mesmo que aconteçam, afetarão os clientes em menor escala. Essa é uma condição diferenciada para negócios que atuam com um volume crescente de clientes.

Quais os desafios atuais enfrentados pela arquitetura de microsserviços?

Como as aplicações são independentes em um único sistema é preciso cuidado na hora de distribuir as informações, para não correr o risco de equívocos ou erros que impactem a relação com o cliente.

Padronizar os log vai permitir que, mesmo quando as aplicações tiverem desenvolvidos em linguagens diferentes, se comuniquem em um formato padrão em operações universais.

Como a arquitetura monolítica e a arquitetura de microsserviços têm aplicações bem diferentes, outro desafio é mudar a percepção e a cultura entre o passado e o presente, além do modo de percepção sobre a descentralização.

Há alguns outros desafios, que podem e devem ser considerados durante, principalmente, a transição de uma aplicação para a outra. Vamos elencar os mais complexos.

Compilação

Se o desenvolver conhece a interdependência dos serviços o processo será mais rápido, mas, é preciso ter ciência do risco de novas compilações de dados por alguma divergência em relação à dependência.

Testes

Os testes são fundamentais e preventivos, pois, mesmo que as aplicações da arquitetura de microsserviços sejam modulares, as falhas podem gerar transtorno e acabar afetando o cliente e o relacionamento de uma empresa com ele.

Implantação

O fato de ser um recurso de fácil integração, não quer dizer que a implantação seja fácil ou sem desafios. A automação é quem vai dar suporte eficiente para a implementação e os serviços que se deseja oferecer.

Monitoramento e conectividade

Acompanhar, medir, monitorar são comportamentos essenciais do sistema para identificar problemas e caso existam a origem de cada um deles. Utilize a conectividade para detectar os serviços e a eficiência das aplicações.

Quais são as vantagens da arquitetura de microsserviços?

Muitos benefícios podem ser percebidos a partir da implantação da arquitetura de microsserviços. Sua empresa tem a ganhar em padronização, produtividade, engajamento e qualidade. Vejamos:

  • modernidade no uso de tecnologias;
  • fácil compreensão e adaptação;
  • permissão do uso de códigos e linguagens diferentes com comunicação integrada;
  • liberdade de trabalho independente para os desenvolvedores;
  • integração via API facilitada com serviços terceirizados;
  • gerenciamento das falhas e ação corretiva isolada;
  • alteração, mudança, exclusão em serviços e módulos de forma independente.

A arquitetura de microsserviços é uma inovação que pode agregar valor aos serviços de uma empresa e proporcionar melhor performance no atendimento ao cliente, por isso, não espere que a concorrência abra vantagens distanciadas e busque também desenvolver boas aplicações.

Você percebeu como as aplicações em TI podem ser desenvolvidas com foco na eficiência, otimização e escalabilidade de softwares? Compartilhe este post em suas redes sociais para que seus amigos também conheçam melhor sobre a arquitetura de microsserviços!

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