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Venture Capital: o que é, como funciona e como investir?

Written by Lidiane Oliveira | 12/09/2022 03:00:00

Seja para os investidores de primeira viagem ou até mesmo para quem já investe há algum tempo, o Venture Capital é uma modalidade que pode gerar diversas dúvidas, já que é voltada para os perfis mais experientes.

Contudo, ela vem crescendo a cada ano no Brasil. Entre janeiro e junho deste ano, foram US$ 2,92bi investidos em 327 deals.

Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o Venture Capital ainda se mostra uma opção de investimento vantajosa para quem deseja diversificar o portfólio.

Mas, afinal, o que é o Venture Capital? Quais são as vantagens e como começar a investir nessa modalidade?

Se você quer saber mais sobre o assunto, continue a leitura do conteúdo até o final!

Sem tempo para ler? Experimente o player abaixo.

O que é Venture Capital?

O Venture Capital ou, em português, capital de risco, é uma modalidade de investimento focada em empresas de até médio porte, com faturamento baixo, novas no mercado, mas com grande potencial de crescimento. O investimento acontece através da aquisição de ações ou valores imobiliários.

Bastante popular no meio das startups, o objetivo desse tipo de investimento vai além da simples injeção de capital na empresa: há, também, um acompanhamento próximo da gestão do negócio.

No Brasil, os fundos de Venture Capital são conhecidos como Fundos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE), e foram criados e regulamentados pela Instrução CVM 209/94 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Entretanto, por se tratar de investimentos em empresas que ainda estão em estágios iniciais e pouco consolidadas, o Venture Capital é considerado um investimento de risco, podendo gerar altos ganhos ou altas perdas.

Como funciona o Venture Capital?

Antes de falarmos sobre como funciona o Venture Capital, é preciso entender que esse tipo de aporte permite que o investidor participe ativamente do desenvolvimento da empresa, sugerindo profissionais capacitados para cargos estratégicos e auxiliando na gestão do negócio.

Diante disso, os empreendedores precisam levar em consideração que sócios ou gestores indicados pelos investidores poderão dar orientações e participar da rotina.

Afinal, a ideia é que o negócio cresça rapidamente e se torne sustentável. 

Quando isso acontece, os investidores têm mais chances de conseguir um retorno consistente. A empresa, por sua vez, pode abrir o capital e ter ações listadas na Bolsa de Valores. 

A partir disso, as ações do investidor podem ser vendidas na B3, e ele pode resgatar sua participação com lucros – fase conhecida como desinvestimento ou “exit”. 

As rodadas de investimento

As rodadas de investimentos são as principais ferramentas das startups para conseguirem captar recursos e estimular o crescimento.

Nesse estágio, os empreendedores apresentam a ideia a investidores. Se interessados, eles disponibilizam o investimento em troca de uma parte acionária do negócio (equity share).

Divididas em fases, as classificações acompanham o estágio de maturidade do negócio, e podem ser: 

  • Investimento anjo: é a primeira rodada de investimento. Geralmente os valores são menores, já que essa é fase inicial do projeto;
  • Seed: fase em que a empresa recebe aporte para iniciar os trabalhos, montar times, desenvolver os primeiros produtos e validá-los;
  • Série A: nessa fase, a empresa já tem clientes, receita e produtos. No entanto, ela precisa demonstrar capacidade de gerar ainda mais receita a longo prazo. Por isso, os valores dos investimentos costumam ser maiores;
  • Série B: aqui, os valores dos investimentos são ainda maiores do que na Série A, e ajudam na expansão da empresa;
  • Séries C, D e E: investimentos que contribuem para a aceleração da empresa.

Venture Capital e Private Equity: afinal, qual é a diferença?

Quem ainda está começando a investir pode se perguntar qual é a diferença entre Venture Capital e Private Equity. Afinal, ambos são investimentos de risco.

Entretanto, o Private Equity é um investimento com foco em empresas já consolidadas no mercado. O Venture Capital, por outro lado, foca em empresas emergentes.

Por isso, o Private Equity é considerado um investimento menos arriscado que o VC, uma vez que o capital é injetado em uma companhia mais sólida e com mais tempo no mercado.  

Ainda assim, é importante ter em mente que, mesmo no Private Equity, os riscos ainda existem.

Como investir em Venture Capital?

Você entendeu o que é Venture Capital e ficou interessado em investir? 

Antes de tudo, é preciso ter um mente que os investimentos em Venture Capital podem ser feitos da seguintes formas:

  • Por investidores individuais, com recursos e conhecimento para investir;
  • Por companhias de participações, com controle sobre a participação de outras empresas;
  • Por meio de Fundos de Investimento em Participações (FIPs). 

Vale notar que o investimento nos FIPs é permitido apenas para investidores experientes e qualificados, que são aqueles que possuem mais de R $1 milhão em investimento.

Outro ponto fundamental é que, para investir em Venture Capital, é preciso ter uma visão ampla e analítica sobre as mudanças macroeconômicas, levando em consideração as estimativas de crescimento, necessidades e oscilações do mercado e do consumidor. 

Além disso, os investimentos em Venture Capital possuem altos custos, o que costuma afastar as pessoas físicas dos aportes, já que os valores iniciais costumam ser altos.

Invista no seu negócio e potencialize o sucesso

Neste post, falamos sobre Venture Capital e as principais informações sobre esse tipo de investimento.

Agora, será muito mais fácil entender o seu modelo de negócios e qual é o melhor aporte para ele. 

Dessa maneira, você conseguirá levar a empresa a outro patamar, fortalecendo as bases e investindo em tecnologias.

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