Será que vale a pena ser PJ? Considerando que o Brasil conta com quase 13 milhões de desempregados e que esse índice cresceu 120% nos últimos anos, essa pergunta é cabível, não?
No entanto, não é para desanimar! Afinal, segundo a Serasa Experian, durante 2018, foram criadas 2,5 milhões de empresas no país, sendo mais de 80% MEIs. Porém, não é só devido à falta de emprego formal que esse numera é tão alto. Prestar serviços como pessoa jurídica tem se tornado uma prática comum porque conta com vantagens bem interessantes.
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Se você faz o tipo independente, gosta de ter controle sobre o próprio trabalho e de exercer sua atividade com flexibilidade, ser PJ pode ser um ótimo negócio.
Enquadra-se no perfil, mas acredita que o processo é complicado e caro? Pois talvez tenha que rever seus conceitos, já que essa modalidade pode aumentar suas oportunidades de negócio. Duvida e ainda não sabe se vale a pena ser PJ? Então, leia o artigo e conheça as razões que poderão fazê-lo mudar de ideia!
Entre os que questionam se vale a pena ser PJ, uma dúvida recorrente é sobre o modo de contratação. Saber como ele funciona é mais simples do que imagina. Vamos lá!
O contrato por PJ (pessoa jurídica) dá ao trabalhador autônomo, com profissão regulamentada, certa liberdade para cuidar e organizar as próprias atividades de acordo com seu tempo disponível e expectativas financeiras.
Por meio dele, você entenderá que não terá vínculo empregatício com a empresa, mas irá se adaptar às normas e horários para prestar o serviço. Para receber o pagamento, você, como PJ, pode e deve emitir Nota Fiscal com recolhimento dos impostos correspondentes.
Nesse tipo de contratação, as duas partes acabam sendo beneficiadas. A empresa minimiza os custos com encargos trabalhistas, enquanto o PJ conta com menos descontos em seu salário.
Esse modo de trabalho proporciona bastante flexibilidade para o empregado. No entanto, trata-se de um trabalho e, como tal, tem prazos de execução e de entrega como qualquer outro.
Não ficou convencido se vale a pena ser PJ? Não tem problema! Basta continuar lendo.
Se não há vínculo de emprego, também não há para a empresa uma série de obrigações trabalhistas, como:
O PJ pode até não contar com esses benefícios oferecidos pela empresa, mas tem a autonomia sobre o próprio passe. Embora arque com as despesas tributadas na nota fiscal (IRPF, COFINS, ISS, CSLL, PIS), o fato de não se exigir exclusividade pode superar a renda mensal de um salário. Bacana, não?
A prestação de serviços para um PJ costuma ter um prazo de validade e tudo depende do tipo e do tamanho do projeto. Alguns chegam a durar meses para serem concluídos, o que pode ser o caso de consultorias, desenvolvimento de softwares e produtos.
Ainda não sabe se vale a pena ser PJ? Então, não pare de ler!
É preciso desmistificar a visão distorcida sobre o trabalho de PJ. Afinal, há muita gente boa no mercado que perde a chance de atuar em sua área e de ser bem remunerada por desconhecer as vantagens de ser PJ. Quer saber quais são esses benefícios e descobrir se, afinal, vale a pena ser PJ? Então, confira a lista a seguir:
Ao negociar a prestação de serviços, o PJ faz a proposta financeira e, depois do aceite, o próximo passo é determinar a data e a forma de pagamento. Com a emissão da nota fiscal, o departamento financeiro programa esses pontos de acordo com o vencimento.
Os boletos bancários são uma ótima alternativa para os PJ receberem pelos serviços prestados. Ao formalizar as atividades, o trabalhador autônomo com registro ganha ares de empreendedor e as condições oferecidas pelos bancos passam a ser bem melhores para a pessoa jurídica.
Se você for um empregado CLT, dificilmente terá a chance de uma cobrança mais agressiva caso a empresa atrase o pagamento do salário. Isso porque a própria condição de funcionário torna a relação vulnerável e de complicado diálogo.
No entanto, em se tratando de PJ cujo vínculo se estabelece por contrato, caso você encontre dificuldades para receber pelos serviços executados, poderá fazer uma cobrança formalizada sobre o título em aberto. Fique tranquilo, pois esse é seu direito e você não corre riscos de demissão e de não recebimento do acerto.
Se você se formalizar como PJ, passará a ter um número CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica). Assim, poderá ser considerado como uma empresa, o que confere a você um ar profissional e institucionalizado.
Ser pessoa jurídica abre portas, pois muitas empresas só podem contratar serviços de profissionais que emitem nota fiscal para pagamento. É comum a contratação de serviços por indicação, e quanto mais profissional você for, mais chances de fechar negócios terá.
Ao contratar um PJ, os custos com um funcionário — que custa para a empresa o equivalente a três vezes o salário líquido — são minimizados pela desobrigação com os encargos da folha de pagamento.
Muitas empresas encontram obstáculos na hora de ajustar o horário de trabalho dos funcionários. Por diversos motivos, como estudo, família ou distância, há dificuldade em fazer com que o funcionário saia da rotina para cumprir uma jornada extra.
Com o PJ é diferente. Afinal, é de seu interesse se adaptar conforme as necessidades da empresa e do que foi acordado em contrato.
Com a chegada do eSocial — centralização das informações trabalhistas — está cada vez mais difícil e burocrático admitir ou demitir funcionários com vínculo CLT. São muitas obrigações que as empresas têm preferido evitar. Por isso, optam por contratar uma mão de obra PJ.
A empresa fornece algum tipo de benefício ao PJ apenas se tiver o desejo de inserir os profissionais no mesmo ambiente que os funcionários da empresa. Essa é uma medida de integração, mas sem concessão obrigatória.
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Contratar profissionais PJ é uma estratégia que deve estar embasada na Lei da Terceirização (Lei nº 13.429/2017), que salienta a não configuração do vínculo empregatício para profissionais PJ, mas garante que todos os procedimentos legais sejam cumpridos.
É fundamental que tanto a empresa quanto o profissional conheçam a fundo o que diz a lei para cumprir com todas as obrigações. Seguir o previsto na norma evita transtornos para ambas as partes, sendo o formato PJ mais simples e menos dispendioso.
Como viu no decorrer do artigo, ser PJ conta com vários benefícios. Afinal, apesar de não ter vínculo e direitos de um profissional CLT, você pode exercer sua função de forma autônoma, eficiente, ganhar bem e conquistar mais oportunidades de negócio. No entanto, saber se vale a pena ser PJ ou não é uma decisão muito pessoal, que depende do seu estilo, mindset e objetivo de vida.
Gostou de conhecer as vantagens de ser PJ? O que achou dos argumentos? Caso tenha curtido, não deixe de compartilhar esse conteúdo. Afinal, seus amigos e conhecidos podem ter as mesmas dúvidas que você tinha!