É inegável o impacto dos bancos digitais na vida dos brasileiros. Desde pagamentos mais rápidos à inserção de cidadãos desbancarizados ao sistema financeiro, as fintechs têm mudado a forma como milhares de pessoas lidam com o dinheiro.
Por conta da estrutura inovadora e de um modelo de negócios digital, não é de se espantar que elas tenham conquistado cada vez mais terreno no Brasil: em 2020, o número de serviços financeiros digitais cresceu 34%.
Foi o que apontou um estudo realizado pela Zetta, associação da qual a iugu faz parte, em parceria com a Locomotiva. Ainda segundo a pesquisa, 81% dos brasileiros veem os bancos digitais de forma positiva devido às taxas baixas, a simplicidade, a eficiência, aprovação de crédito e o auxílio no controle financeiro.
Isso mostra como a tecnologia, associada aos serviços financeiros, tem trazido importantes mudanças na sociedade, principalmente para a população mais vulnerável. Para entender o panorama completo do impacto dos bancos digitais, continue a leitura a seguir.
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Entrar em um aplicativo bancário para realizar pagamentos ou mesmo fazer um Pix já é algo rotineiro para milhares de pessoas. No entanto, até pouco tempo atrás, as transações bancárias aconteciam de forma bem diferente.
Para entender a chegada das fintechs, é preciso, primeiro, olhar para o passado. Pode parecer absurdo, mas a digitalização do setor financeiro teve início em 1983, com a chegada dos primeiros caixas eletrônicos, que tornavam as agências praticamente 24h.
Depois, foi a vez do boleto bancário e da TED (Transferência Eletrônica Disponível) iniciarem outra revolução. Aos poucos, o Brasil foi se tornando um terreno fértil para a criação de tecnologias digitais aplicadas às finanças.
As primeiras fintechs só apareceram por aqui em 2013, trazendo inovação e reformulando a experiência do cliente. Mas, segundo um levantamento da plataforma Distrito, 49,6% delas só foram criadas entre 2016 e 2019. Ainda de acordo com a Distrito, hoje há 1.289 fintechs atuando no Brasil.
Nos últimos 10 anos, a digitalização de serviços financeiros caminhou a passos largos no Brasil, alterando um cenário conhecido pela alta taxa de concentração bancária, a baixa competição e pela dificuldade de acesso.
Com o avanço da tecnologia e a necessidade de melhorar a experiência do cliente, foram surgindo novos modelos de negócios que permitem a entrada de cidadãos no sistema financeiro. Isso porque alcançar a população mais vulnerável da sociedade exige um maior esforço das instituições tradicionais.
E é aí que o impacto dos bancos digitais faz a diferença. Isso porque eles estimulam a competição, conseguem superar as burocracias do setor e oferecem mais praticidade na criação de contas, no fornecimento de crédito e um melhor atendimento. Assim, as filas, taxas abusivas e a necessidade de deslocamento têm se tornado elementos cada vez mais distantes.
As fintechs, como são conhecidas as empresas que prestam serviços financeiros no ambiente digital, revolucionaram a forma como milhares de cidadãos ー antes excluídos ー lidam com o dinheiro. Se antes o acesso ao crédito era limitado e o atendimento de má qualidade, hoje muitas pessoas podem abrir uma conta em passos simples, apenas com um celular.
A prova disso é que, atualmente, 19% dos brasileiros possuem conta em bancos digitais e 30% estão na classe D e E. A penetração das fintechs também pode ser explicada pela pandemia de COVID-19 e pela aceleração tecnológica que ocorreu no período, que provocou um aumento da recepção de serviços financeiros digitais.
O impacto dos bancos digitais na vida da população brasileira é importante por diversos motivos, que vão desde a educação financeira até a maior segurança. Saiba quais são.
Um estudo recente do FMI (Fundo Monetário Internacional) com dados de 52 países mostrou que a inclusão financeira por meios digitais está associada a um maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Isso mostra que a garantia de acesso a serviços financeiros é essencial para garantir um crescimento sustentável da economia brasileira.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Serasa com a Opinion-Box, consumidores que buscam crédito em bancos digitais o fazem pela agilidade no processo e por condições de pagamento melhores do que as de instituições tradicionais.
Quando falamos em penetração no território nacional, as fintechs também assumem o protagonismo. Hoje, 44% dos 5.570 municípios do Brasil não têm agência bancária, enquanto muitos bancos digitais estão presentes em 100% das localidades de forma online.
O impacto dos bancos digitais garante maior segurança financeira para diversas famílias, já que o serviço permite o acesso facilitado ao crédito e garante mais esperança durante os períodos de crise econômica, perda de emprego e incertezas.
As fintechs também possuem um importante papel na educação financeira da população e de potenciais clientes.
A partir de iniciativas como blogs, publicações em redes sociais e e-mails, elas têm possibilitado o acesso a conteúdos sobre o universo financeiro, o que proporciona um melhor entendimento de como funcionam os bancos digitais e diversos outros temas.
A transformação do setor financeiro provocada pelos bancos digitais no Brasil também é importante para o planejamento financeiro dos cidadãos e para a conquista de sonhos de médio e longo prazo, pois permite investimentos e empréstimos necessários para realizá-los.
Segundo uma pesquisa realizada pela Mambu, 54% dos jovens brasileiros entre 18 e 35 anos utilizam um banco digital como principal instituição financeira. Além disso, os brasileiros são os que mais aderem às fintechs na América Latina.
Por isso, não é à toa que o Brasil seja uma referência na criação de serviços financeiros digitais. De acordo com o Global Fintech Rankings, o país possui o maior ecossistema de fintechs da América Latina.
A facilidade de utilização, o design simples e intuitivo e a tarifa zero são o maior atrativo dos bancos digitais. Assim, a expectativa é que as fintechs continuem expandindo a sua base de clientes, principalmente em países emergentes, com população desbancarizada e pouco acesso a serviços financeiros.
No entanto, especialistas alertam que os bancos digitais precisam ampliar o escopo de atuação desses produtos a fim de competir com instituições bancárias tradicionais e fidelizar mais clientes.
A maior conveniência, o foco em Inteligência Artificial para uma experiência super personalizada e o foco na experiência do cliente também aparecem como tendência para o futuro das fintechs.
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