As inovações financeiras do Brasil ganharam ainda mais fôlego. Depois do Pix e do Open Finance, o Drex – a nova moeda digital brasileira – está em fase de testes e deve estar disponível para o público até o fim de 2024.
Criada pelo Banco Central para ser a moeda digital oficial do país, o Drex funcionará como uma extensão do dinheiro físico. Isso significa que, além de ter o mesmo valor do real, ele permitirá operações a partir de carteiras virtuais, contribuindo ainda mais para a digitalização financeira.
Os testes oficiais da nova moeda do Brasil começarão a partir deste mês, mas a novidade já chama a atenção do público e do mercado.
Afinal, o que é Drex e como ele vai funcionar? Continue a leitura do conteúdo e saiba tudo sobre a novidade!
Apesar de incomum, o termo Drex – cunhado pelo próprio BC –, traz consigo significados importantes: o D vem de digital, o R, de real, o E de eletrônico, e o X, que faz alusão à modernidade.
Assim, o Drex nada mais é do que uma representação virtual da moeda brasileira como a conhecemos. Desse modo, ao invés de notas físicas, o Drex poderá ser armazenado em sistemas virtuais, e permitirá transações em diferentes plataformas, sempre com o mesmo valor do real.
A moeda digital será baseada em blockchain, uma tecnologia de registro descentralizado que oferece segurança e transparência às operações. Porém, diferente das criptomoedas – que são descentralizadas –, o real digital será emitido e regulado pelo Banco Central.
Uma moeda digital, também chamada de CBDC (Central Bank Digital Currency) é uma versão virtual da moeda oficial de um país, e é emitida e regulada pela autoridade financeira do local.
Elas surgiram como uma extensão lógica da revolução digital e da crescente desmaterialização do dinheiro. O Bitcoin, a primeira criptomoeda, abriu as portas para esse novo mundo, mostrando como a tecnologia blockchain poderia revolucionar as transações financeiras.
Os bancos centrais, por sua vez, perceberam a necessidade de manter o controle sobre suas respectivas moedas e modernizar os sistemas financeiros, e começaram a explorar suas próprias versões digitais das moedas nacionais. No caso do Brasil, ela será emitida e regulada pelo Banco Central, e representará o real brasileiro.
Atualmente, um total de 130 países, que juntos representam 98% do PIB global, estão explorando ou desenvolvendo moedas digitais de seus próprios bancos centrais, de acordo com estudo do Atlantic Council dos Estados Unidos.
Na prática, a população terá acesso ao Drex através de contas digitais em instituições financeiras ou de pagamentos participantes do projeto.
Atualmente, o consórcio proposto pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) para o piloto da moeda digital já conta com 13 participantes, que realizarão os testes da versão tokenizada do real brasileiro.
Dessa forma, será possível realizar diversas transações, como pagamentos online, transferências, recebimentos e realizar a conversão da moeda física em digital.
Além disso, o Drex contará com inovações importantes para trazer mais segurança às transações virtuais, como os contratos inteligentes.
Os contratos inteligentes nada mais são do que códigos computacionais que executam transações financeiras de forma automática a partir do cumprimento das regras e condições acordadas previamente entre as partes envolvidas.
Assim como o Pix – queridinho dos brasileiros – o Drex promete democratizar o acesso a serviços financeiros e agilizar ainda mais as transações financeiras. Veja algumas outras vantagens da moeda:
Ainda em fase de testes, o Drex foi criado para manter o mesmo nível de segurança e privacidade das operações já realizadas pelo sistema bancário.
Além disso, o objetivo do BC ao criar a moeda digital é justamente aumentar a segurança nas transações virtuais a partir da criptografia e tokenização.
De acordo com o Banco Central, o Governo Federal não realizará cobranças por transações via Drex.
Contudo, cada instituição financeira poderá estipular suas próprias taxas de serviço e tarifas atreladas a utilização do serviço.
À medida que os governos e bancos centrais continuam a desenvolver suas próprias moedas digitais, é fundamental manter um equilíbrio entre inovação e regulamentação para garantir que essa revolução financeira beneficie a todos.
O mundo está mudando, e as moedas digitais oficiais estão na vanguarda dessa mudança, moldando o amanhã financeiro de forma dinâmica e transformadora.
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