Mesmo que você não seja um super expert do mundo digital, provavelmente já ouviu falar sobre criptomoedas - ao menos o Bitcoin, a mais famosa delas - afinal, elas estão por todos os lados!
O mercado das moedas digitais, apesar de ser um sistema descentralizado, está ganhando força e, inclusive, El Salvador foi o primeiro país a adotar o uso do Bitcoin como uma das moedas oficiais para circular internamente no país.
Outra curiosidade sobre as criptomoedas é o fato de que países emergentes, como Índia, Paquistão e Venezuela, possuem maior adesão ao seu uso do que países considerados mais ricos. Isso acontece, principalmente, por conta da desvalorização de suas moedas oficiais, que tornam o ativo digital mais atrativo para preservar finanças pessoais.
Mas, vamos dar um passo atrás e entender melhor o que são as criptomoedas e por que elas estão conquistando tanto espaço no mercado financeiro!
Criptomoedas são um meio de pagamento digital que não depende de bancos para verificar suas transações e usam criptografia para protegê-las.
Elas se diferenciam de todas as outras moedas pois não têm uma autoridade central de emissão ou regulação. Em vez disso, usam um sistema descentralizado para registrar transações e emitir novas unidades.
Trata-se de um sistema ponto a ponto, que permite que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, envie e receba pagamentos.
Em vez de ser dinheiro físico transportado e trocado no mundo real, os pagamentos em criptomoeda existem puramente como entradas digitais em um banco de dados online que descreve transações específicas.
A primeira criptomoeda criada foi o Bitcoin, em 2009, e continua sendo a mais conhecida até hoje.
As criptomoedas são registradas em um livro-razão público e distribuído, chamado blockchain, um registro digital de todas as transações atualizadas e mantidas pelos detentores de moeda.
As unidades de criptomoeda são criadas por meio de um processo chamado mineração, onde um grupo de pessoas valida e registra todas as transações com o uso de um computador.
Mas saiba que, se você possui uma criptomoeda, você não possui nada tangível. O que você possui é uma chave que permite mover um registro ou uma unidade de medida de uma pessoa para outra.
Embora o Bitcoin exista desde 2009, as criptomoedas e aplicações da tecnologia blockchain ainda estão surgindo em termos financeiros, e um uso mais abrangente é esperado no futuro.
Existem milhares de criptomoedas. Alguns das mais conhecidas incluem:
Criado em 2009, o Bitcoin (BTC) foi a primeira criptomoeda e ainda é a mais negociada. A moeda foi desenvolvida por Satoshi Nakamoto – que se acredita ser um pseudônimo para um indivíduo ou grupo de pessoas cuja identidade exata permanece desconhecida.
Desenvolvido em 2015, o Ethereum é uma plataforma blockchain com sua própria criptomoeda, chamada Ether (ETH). É a criptomoeda mais popular depois do Bitcoin. E talvez você já esteja ouvindo mais esse nome graças aos NFTs que também se popularizaram nos últimos tempos e que fazem parte do mesmo blockchain do Ether.
O Litecoin (LTC) é mais semelhante ao Bitcoin, mas se moveu mais rapidamente para desenvolver novas inovações, incluindo pagamentos e processos mais rápidos, permitindo, assim, mais transações.
Ripple (XRP) é um protocolo de pagamento distribuído criado em 2011. O Ripple pode ser usado para rastrear diferentes tipos de transações, não apenas criptomoedas. A empresa por trás dele trabalhou com vários bancos e instituições financeiras.
Quando foi lançado pela primeira vez, o Bitcoin pretendia ser um meio para transações diárias, tornando possível comprar tudo, desde uma xícara de café a um computador, ou até itens mais caros, como imóveis.
Entretanto, isso ainda não se concretizou e, embora o número de instituições que aceitam criptomoedas esteja crescendo, o volume de grandes transações ainda é relativamente baixo.
Mesmo assim, é possível comprar uma grande variedade de produtos de sites de e-commerce usando criptomoedas. Veja alguns exemplos:
Várias empresas que vendem produtos de tecnologia aceitam criptomoedas em seus sites, como:
No Brasil ainda são poucas lojas e-commerce que aceitam as criptomoedas. Entretanto, em lojas de e-commerce estrangeiras já é possível comprar itens de luxo como relógios Rolex e Patek Philippe em troca de Bitcoin.
Alguns revendedores de carros, como BMW e Nissan, aceitam criptomoedas como pagamento. Entretanto, apenas em algumas lojas nos EUA e Reino Unido.
A Tesla foi a primeira marca a se pronunciar dizendo que aceitaria as criptos como forma de pagamento por seus carros. Porém, pouco tempo depois, Elon Musk voltou atrás na decisão e defendeu sua posição comentando sobre os impactos ambientais do processo de mineração das moedas digitais,
Em abril de 2021, a seguradora suíça AXA anunciou que havia começado a aceitar o Bitcoin como forma de pagamento para todas as suas linhas de seguro, exceto seguro de vida (devido a questões regulatórias). A Premier Shield Insurance, que vende apólices de seguro residencial e de automóveis nos EUA, também aceita Bitcoin para pagamentos de prêmios.
O mercado está começando a oferecer cada vez mais este meio de pagamento à medida que o interesse dos consumidores pelas criptomoedas aumenta.
As criptomoedas geralmente são construídas usando a tecnologia blockchain, que descreve a maneira como as transações são registradas em "blocos" e “carimbadas” com data e hora.
É um processo técnico bastante complexo, mas o resultado é um livro digital de transações de criptomoedas que é difícil - ou quase impossível - para os hackers adulterarem.
Além disso, as transações exigem um processo de autenticação de dois fatores. Por exemplo, você pode ser solicitado a inserir um nome de usuário e senha para iniciar uma transação. Em seguida, talvez seja necessário inserir um código de autenticação enviado por mensagem de texto para seu celular pessoal.
Ao contrário do dinheiro garantido pelo governo, o valor das moedas virtuais é impulsionado inteiramente pela oferta e demanda. Isso pode criar oscilações bruscas que produzem ganhos significativos para os investidores - ou grandes perdas.
Isso significa que os investimentos em criptomoedas estão sujeitos a essa oscilação e também menos proteção regulatória do que produtos financeiros tradicionais, como ações, títulos e fundos mútuos.
Então, se você está considerando investir nas moedas digitais, considere as dicas que trouxemos a seguir.
De acordo com o Consumer Reports, todos os investimentos trazem riscos, mas alguns especialistas consideram a criptomoeda uma das opções de investimento mais arriscadas.
Se você planeja investir em criptomoedas, essas dicas podem ajudá-lo a fazer escolhas mais inteligentes.
Antes de investir, aprenda mais sobre criptomoedas. Faça sua pesquisa e converse com investidores mais experientes antes de seguir em frente.
Se você comprar criptomoeda, precisará armazená-la. Você pode fazer isso em uma carteira digital. Embora existam diferentes tipos de carteiras, cada uma tem seus benefícios, requisitos técnicos e segurança. Pesquise sobre suas opções de armazenamento antes de investir.
A diversificação é a chave para qualquer boa estratégia de investimento, e isso também vale quando você está investindo em criptomoeda. Não coloque todo o seu dinheiro em Bitcoin, por exemplo, só porque esse é o nome que você conhece. Existem milhares de opções, e é melhor distribuir seu investimento em várias moedas.
O mercado de criptomoedas é altamente volátil, então esteja preparado para os altos e baixos. Você verá oscilações dramáticas nos preços e se seu portfólio de investimentos ou bem-estar mental não puder lidar com isso, a criptomoeda pode não ser uma boa escolha para você.
As criptomoedas estão na moda agora, mas lembre-se, ainda está em amadurecimento e é considerada altamente especulativa.
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Investir em algo novo vem com desafios, então esteja preparado. Se você planeja participar, faça sua pesquisa e invista de forma conservadora para começar!
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