A escolha do desenvolvimento de código open source ou closed source pode influenciar na segurança e custo financeiro do projeto, mas ambos têm vantagens e desvantagens.
O desenvolvimento de código aberto (open source) está cada vez mais comum, principalmente em projetos de websites. Mas você sabe se essa é a escolha mais vantajosa?
Se você ainda tem dúvidas sobre qual meio utilizar nos seus projetos e quais são os benefícios de ambos os tipos de licença, continue a leitura!
Em um breve resumo, o que difere os dois tipos de código são as licenças e permissões de alteração do código.
Esse sistema é empregado quando o desenvolvimento de software utiliza uma base para ser colocado no ar. Para utilizar esse sistema, será necessário adquirir a licença de uso, que pode ser gratuita ou não.
Os sistemas de código aberto (open source) são de licença gratuita e, muitas vezes, de desenvolvimento colaborativo.
Isso significa que profissionais de TI em todo o mundo colaboram com o desenvolvimento e melhorias deste código-fonte, que pode ser adquirido e manipulado por todos.
Indo além das integrações de aplicações, gerenciadores de conteúdo (CRM), ERPs e outros recursos externos, o sistema de código aberto permite que você modifique o código para uma melhor aceitação dessas integrações.
Já os sistemas de código fechado (closed source), ou software proprietário, são licenciados mediante pagamento, vitalício ou por assinatura, e o provedor do código se reserva o direito de não permitir determinadas modificações.
Ainda é possível integrar APIs, aplicativos e outros recursos. Porém, a modificação do código-fonte para personalização, e até mesmo a otimização do código, é limitada pela entidade provedora.
Ambos os sistemas terão suas vantagens e desvantagens, dependendo do objetivo do projeto, verba e necessidades.
Antes de escolher qual tipo de código utilizar, é importante se atentar aos seguintes pontos:
Ambos os sistemas oferecem segurança para os dados, mas de formas diferentes.
No caso do open source, os procedimentos de segurança dependem dos desenvolvedores. Por ser um código de manipulação aberta, vulnerabilidades no código-fonte podem criar graves problemas de segurança.
Para isso, é importante contar com boas práticas de desenvolvimento, como a revisão do código (code review), uso de scanners de vulnerabilidades e outros recursos que viabilizem uma segurança reforçada para o software.
Nos projetos de código fechado a segurança vem, primeiramente, da empresa desenvolvedora do código-fonte. Mesmo assim, cabe ao usuário (desenvolvedor da aplicação) reforçar a segurança do sistema com procedimentos próprios.
Um ponto que pode ser negativo, a depender do ponto de vista, é que sistemas de código fechado podem ter limitações quanto às integrações ao sistema, bloqueando fontes não autorizadas, não oficiais ou não licenciadas.
Enquanto o código aberto é gratuito, podendo apenas as suas integrações serem pagas ou não, o código fechado é normalmente fornecido com uma licença paga.
O pagamento da licença pode ser vitalício, sendo feito apenas uma vez; por assinatura (mensal, trimestral ou anual); ou ainda por licenças temporárias, que não se qualificam como assinatura, já que a renovação não é automática.
Avaliando pelo custo, o código aberto pode ser mais vantajoso para um projeto de baixo orçamento.
Mas para projetos mais robustos, o custo financeiro para segurança e outros pontos do desenvolvimento deve ser avaliado com mais cuidado.
As melhorias dos sistemas de código aberto dependem da colaboração voluntária dos desenvolvedores usuários do sistema.
Isso pode acarretar bugs em atualizações e não há, na maior parte dos casos, um suporte disponível para resolução de problemas com o sistema.
Isso não acontece com os sistemas de código fechado, que contam com a responsabilização da empresa desenvolvedora, que fornece suporte e atualizações de fácil acesso.
Ao contrário do que muitos podem imaginar, nem todo código aberto é necessariamente um software livre. Porém, todo software livre é um open source.
Para ser categorizado como um software livre, o código deve respeitar os quatro pontos essenciais do Free Software Foundation:
No nosso dia a dia, um exemplo bem básico de sistemas open source e closed source é no quesito de sistemas operacionais.
O Linux é um sistema operacional de código aberto, que permite controle total do usuário sobre o código-fonte, personalizações e funcionalidades do sistema.
Esse é um sistema operacional muito utilizado por desenvolvedores justamente por isso, já que dá mais liberdade para o uso de desenvolvimento de software, testes e muito mais.
Já o Windows, sistema operacional mais utilizado por usuários fora do universo de TI, é um sistema de código fechado. Embora a Microsoft tenha espaço para a participação colaborativa com o Microsoft’s Shared Initiative, as modificações do código-fonte são limitadas e a licença do software é paga.
Já um exemplo de código-fonte open source para desenvolvimento de software é o WordPress.org, que não cobra nenhuma licença para uso do software em desenvolvimento de sites e conta com um painel de CRM simplificado que aceita diversas modificações (APIs, ERPs, etc.).
A conclusão de qual será o melhor método de desenvolvimento para o projeto deve partir do profissional de TI em conjunto com o cliente ou empregador.
Isso porque cada projeto terá uma necessidade e objetivo diferentes, dependendo de mais recursos que um dos dois tipos de licença podem oferecer.
Portanto, a escolha entre código fechado e código aberto irá depender do que é melhor para o projeto, além de qual sistema oferecerá a segurança e suporte necessários para o seu funcionamento.
Independentemente do código escolhido, os procedimentos de segurança da informação e integrações devem contar com manutenções preventivas e acompanhamento de uma equipe especializada.